Vivemos imersos num oceano de palavras-chave tecnológicas: AIOps, event-driven, observabilidade. No entanto, se analisarmos o significado das mesmas, veremos que representam a evolução de conceitos centrados na automatização e na análise de dados para otimizar as operações de TI e responder às necessidades de eficiência e desempenho, num ambiente tecnológico em constante evolução.
Desde o final dos anos 2000, a complexidade dos ambientes tecnológicos aumentou significativamente. As equipas de TI gerem frequentemente ambientes locais e na cloud com ferramentas concebidas especificamente para este efeito. Isto dificulta a normalização e a automatização das tarefas de rotina e a ligação e dimensionamento dos recursos da cloud híbrida. As equipas estão conscientes de que esta é uma grande desvantagem para o futuro dos departamentos de TI, porque afeta diretamente a qualidade do serviço e a experiência do cliente e impede as empresas de acompanharem a adoção de novas tecnologias ou de recrutar e reter talentos. Uma forma de resolver esta situação é incorporar tecnologias que facilitem o desenvolvimento de um ambiente orientado para a inovação, livre das restrições de sistemas rígidos e ultrapassados. Estas tecnologias devem criar uma base que se adapte e se dimensione ao ritmo dos negócios, permitindo aproveitar as oportunidades e enfrentar as alterações com confiança e segurança. A chave é a utilização de normas abertas que facilitem a adoção, a implementação, a extensão e a atualização das tecnologias que são adicionadas ao espólio tecnológico de qualquer organização. Isto proporciona vantagens significativas, tais como a interoperabilidade, que facilita a integração de sistemas e componentes de diferentes fornecedores, reduzindo a complexidade e os custos associados ao desenvolvimento e à implementação. Além disso, fomentam a concorrência para a acessibilidade universal às especificações tecnológicas, o que promove uma maior inovação e optimização dos recursos. A combinação de normas abertas com código-fonte aberto, tem um impacto positivo no risco de dependência de fornecedores e ajuda a reforçar um ecossistema tecnológico mais robusto, adaptável e eficiente. A tecnologia precisa de ser acompanhada de uma cultura aberta que promova a colaboração, a transparência, a inclusão e a adaptabilidade e que deve permear os próprios processos da organização. Desta forma, a empresa pode promover uma cultura de “automatização por defeito”, de modo a que todos os projetos sejam concebidos com processos que incluam o mínimo de interação humana e uma repetibilidade determinística. Não podemos esquecer que cada vez mais organizações estão a passar por uma transformação digital, transferindo parte das suas cargas de trabalho de data centers locais e máquinas virtuais (VM), para clouds públicas e contentores. Oitenta e nove por cento das organizações têm uma estratégia multi-cloud, enquanto 80% têm uma estratégia de cloud híbrida. Como tal, se o software, as plataformas e a infraestrutura estão distribuídos entre clouds públicas e privadas, é necessário ter uma plataforma de automatização que cumpra as normas de protocolos e código aberto, bem como uma cultura disposta a implementar processos com vista à automatização total. Assim que nos conseguirmos abstrair do ruído das tendências, podemos concretizar a tão desejada automatização global, elemento essencial para fazer evoluir ainda mais o valor que as tecnologias de TI trazem ao negócio.
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