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Democratizar o acesso aos dados, o novo petróleo difícil de analisar

O mundo está a caminhar para uma convergência de soluções e conceitos e a Noesis reuniu os seus clientes e parceiros para debater em que ponto está o Business Intelligence e para onde esta tecnologia a evoluir

Democratizar o acesso aos dados, o novo petróleo difícil de analisar

“Na era digital, estamos a levar o Data Analytics e a inteligência artificial ao próximo nível”. Foi com este mote que a Noesis realizou no final de novembro a segunda edição do Lisbon BI Forum em Lisboa.

Nuno Pacheco, diretor de Business Intelligence (BI) na Noesis, explicou aos presentes que um dos objetivos deste evento era o de ter um fórum onde fosse possível discutir ideias e conceitos novos, como inteligência artificial e robótica, assim como perceber para que direção os sistemas estão a caminhar.

A crescente importância dos dados para a tomada de decisão e o rápido desenvolvimento tecnológico neste ramo levou a uma adaptação da área de Business Intelligence da Noesis na direção de Data Analytics e Artificial Inteligence (AI). A identidade da consultora internacional passa pela constante adaptação da oferta e das competências às necessidades dos clientes e à evolução do mercado. Em Data Analytics & AI, conta já com uma equipa especializada e um portfólio de projetos de grande impacto para o dia-a-dia dos clientes.

No Lisbon BI Forum, a Noesis convidou os seus parceiros Qlik e Cloudera a aprofundar estes avanços tecnológicos na recolha, transformação e criação de dados, com o apoio de reputadas entidades como a IDC e a DSPA.

Nuno Pacheco deu ainda a conhecer os diferentes estágios da data journey que sustentam a visão Noesis para a área de Data Analytics & AI: desde a construção de uma arquitetura à criação e visualização de novos dados.

Ricardo Ramos, Principal Competitive Analyst na Qlik, apresentou a “terceira geração de BI”. Na visão da Qlik, todos os negócios estão a competir e a ganhar inteligência, seja sobre os seus consumidores, os seus fornecedores, os seus produtos ou os seus mercados. Ainda que a procura por essa inteligência tenha tido vários nomes, o desafio permaneceu sempre o mesmo: perceber como um negócio pode analisar dados, fazer descobertas e ter uma vantagem competitiva.

BI prepara-se para entrar na terceira geração. A primeira dessas gerações definia-se como centralizada; as primeiras abordagens a BI envolviam stacks complexos de tecnologias que analisavam vários sets de dados, geralmente geridos por uma equipa central dentro do departamento de TI.

O problema passava pelo tempo que demorava a ter essa análise: era necessário colocar a pergunta, esperar algumas semanas, e depois conseguia-se ter acesso a um relatório estático.

Na segunda geração de BI chegou-se ao descentralizado, onde o stack técnico foi eliminado, foram acrescentados métodos mais user-friendly e desenvolvido de uma maneira mais intuitiva.

Esta abordagem diferente difundiu os benefícios do BI de apenas alguns especialistas em TI para muitos utilizadores em toda a empresa. Com o tempo, evoluiu para um modelo cada vez mais intuitivo que permitia fazer descobertas em dados e visualizar esses mesmos dados de uma forma que todos pudessem entender e usar.

Num workshop conduzido pela equipa Noesis, os participantes do Lisbon BI Forum puderam experienciar em primeira mão esta descentralização e visualização em tempo real, através da ferramenta QlikSense.

 

Democratizar o acesso aos dados

A terceira geração explicada por Ricardo Ramos é a democratização. De acordo com a Qlik, é necessário preencher a lacuna entre o uso dispersivo de análises de hoje e o aumento maciço de valor que ocorrerá quando cada pessoa numa empresa tiver autonomia para fazer descobertas nos dados.

Renato Vieira, Solution Architect na Qlik, apresentou em termos práticos o que as soluções da Qlik podem fazer pelas empresas, como o Qlik Associative Big Data Index, ou QABDI.

Esta solução permite que a empresa reúna todos os seus dados e descubra uma infindável associação de dados nas mais variadas fontes de dados dentro da organização.

 

Os dados ainda são difíceis de analisar

É um facto que os dados são o novo petróleo. Isto quer dizer que a informação que se esconde nos dados gerados por uma empresa é tão grande que o conhecimento que se pode extrair daí pode enriquecer – e muito(!) – as organizações. Mas apesar disso, os dados ainda são difíceis de analisar e de utilizar.

Quem o diz é Zsuzsa Herczku, Partner Sales Manager da Cloudera, que explica que 91% das organizações têm dificuldade em atingir uma maturidade de dados e que extrair valor dos dados ainda é uma oportunidade pouco explorada pelas empresas.

De acordo com a Partner Sales Manager da Cloudera, menos de 50% dos dados estruturados são utilizados na tomada de decisão e menos de 1% dos dados não estruturados são analisados ou usados de alguma maneira.

O objetivo da Cloudera passa por ajudar as organizações a utilizarem os seus dados e daí extraírem o máximo de informações possíveis. Através de Machine Learning, as empresas podem fazer o reconhecimento de padrões, detetar anomalias ou fazer a previsão de eventos que podem acontecer. Simultaneamente, através de analítica é possível fazer relatórios seguros, baseado nos dados.

Filippo Lambiente, também da Cloudera, explicou a importância de um bom data warehouse. O data warehouse tradicional é, geralmente, inadequado para atender à procura e análise que as empresas precisam.

Na opinião de Lambiente, o data warehouse ideal deve contar com as funções de reporte e modelação de BI de um data warehouse tradicional, mas contar, também, com data analytics para dados estruturados, machine logs, texto e dados de IoT, suportado para diversos grupos de utilizadores com diferentes níveis de habilidades analíticas, interoperabilidade com mecanismos de machine learning e algoritmos para facilitar a experimentação, assim como a segurança, o controlo e a governança para diversos dados e análises.

 

Futuro “Star Wars” ou futuro “Terminator”?

Uma das perguntas lançadas por Nuno Pacheco foi se o futuro seria mais parecido com o filme “Star Wars”, com droids que ajudam as pessoas a trabalhar melhor, ou mais parecido com o filme “Terminator”, que muitos temem ao ver o exponencial progresso tecnológico na robótica (por parte de organizações como a Boston Dynamics).

Na opinião do diretor de BI da Noesis, o futuro deveria ser mais semelhante a “Star Wars”, onde homem e máquina trabalham lado a lado para atingir um determinado fim. Segundo Nuno Pacheco, é com esse objetivo que a Noesis e os seus parceiros trabalham diariamente.

 

A IT Insight é Media Partner do Lisbon BI Forum 2018

 

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