A adoção por parte de startups europeias da inteligência artificial do DeepSeek está a forçar os gigantes do setor a reduzir preços e a democratizar o acesso a novas tecnologias
O DeepSeek tem agitado o campo da Inteligência Artificial (IA) nas últimas semanas e começam a ser notórias as primeiras mudanças estratégicas nas organizações sobre o novo modelo. As startups europeias começam agora a implementar os modelos de Inteligência Artificial (IA) de baixo custo da startup chinesa, o que representa uma mudança de expectativas em volta da IA e uma oportunidade para que outras empresas do setor ofereçam preços mais baixos. Em declaração à Reuters, Hemanth Mandapati, Chief Executive da startup alemã Novo AI, referiu que a sua empresa criou inicialmente aplicações através do OpenAI, mas mudou para o DeepSeek há duas semanas, com a migração a demorar apenas alguns minutos. Um relatório, baseado em entrevistas com mais de uma dúzia de executivos de startups e investidores, revelou que o DeepSeek está a ter um impacto significativo nos preços e no desempenho das empresas ligadas à IA, levando outras empresas de inteligência artificial a melhorarem os seus modelos e a reduzirem preços. Anteriormente, as empresas europeias lutavam para adotar novas tecnologias ao mesmo ritmo que as empresas concorrentes norte-americanas, mas a situação começa a alterar-se devido à influência do DeepSeek. Seena Rejal, Chief Comercial Officer da NetMind.AI, afirmou que vê o DeepSeek como um passo em direção à democratização de IA e à “nivelação do campo de jogo com as Big Techs”. Num artigo técnico, o DeepSeek revelou que os custos de treino dos seus modelos eram uma fração dos gastos realizados para treinar modelos como o ChatGPT da OpenAI ou o Gemini da Google. |