GS1 aborda transformação de processos e integração de dados à luz da Indústria 4.0

A GS1 Portugal realizou na última semana o seu “VI Seminário de Boas Práticas Colaborativas”, uma iniciativa que juntou oradores e instituições de referência no mercado com o objetivo de debater e disseminar boas práticas de gestão e casos de sucesso na colaboração entre Produtores e Distribuidores.

GS1 aborda transformação de processos e integração de dados à luz da Indústria 4.0

Na VI edição do “Seminário de Boas Práticas Colaborativas”, que decorreu no passado dia 15 de março, com organização da GS1 Portugal, juntou o Top Management nas áreas de Marketing, Comercial, Logística e Sistemas de Informação. A conferência abordou o clima de transformação de processos de produção e integração de dados motivado pela “Indústria 4.0” e a sua influência no modo como as empresas interagem dentro da cadeia de valor. O papel da GS1 Portugal nesta discussão foi apontado por João Vasconcelos, senior sdvisor Clearwater International e antigo secretário de Estado da indústria, ao afirmar que “se há organização que viabiliza o futuro e a tecnologia, é a GS1”.

João de Castro Guimarães, diretor executivo da GS1 Portugal, realçou, na sessão de abertura do evento, a missão da associação enquanto “parceiro vital de confiança dos Associados na melhoria da eficiência e competitividade das empresas, ao longo da cadeia de valor”.

Jorge Marques dos Santos, presidente do IAPMEI, destacou o carácter das boas práticas colaborativas “como estímulo ao desenvolvimento coletivo”. Ao risco de se deixarem empresas isoladas na cadeia de valor, motivado pela criação de “ilhas fantásticas de digitalização mas que não se traduzem em valor para toda a cadeia”, afirmou ser necessário incentivar “uma vontade evangelizadora de espalhar as boas práticas e levar os outros a refletir”.

No âmbito da discussão em torno da Indústria 4.0, João Vasconcelos caraterizou o momento como “histórico”. Se, no passado, o país registou um atraso para acompanhar transformações semelhantes, disse, esta é “a primeira vez que Portugal pode estar no pelotão da frente de uma revolução industrial”. A urgência de pensar e planear a intervenção neste âmbito revela-se urgente, segundo o ex-secretário de Estado da indústria, por estarmos perante uma revolução “sem roadmap”, que promete “acabar com as fronteiras de negócio” e em que “pela primeira vez uma evolução tecnológica vai ditar quem manda no mercado”.

A resposta global a esta mudança de paradigma foi clarificada pelo diretor-geral da COTEC, Jorge Portugal, que atribuiu à Plataforma Portugal Indústria 4.0, o papel de “suportar a transição coordenada e organizada para a Indústria Digital”.

Num contexto que classificou de “evolução e não revolução”, dada a sua natureza incremental, o responsável aponta a necessidade de definir objetivos comuns, integrar processos de melhoria de produção e uma coordenação da cadeia de valor. “A capacidade de inovação nas empresas necessita de processos estruturais”, perante a constatação que “a competitividade do presente e do passado não garante a competitividade no futuro”.

Esta edição do Seminário de Boas Práticas Colaborativas serviu, ainda, como palco para apresentar metodologias e casos de sucesso no contexto da procura da eficácia e da rentabilidade na cadeia de valor, numa lógica de partilha de conhecimento e experiência aplicados em projetos concretos.

A iniciativa contou com a participação, para além dos já mencionados Jorge Marques dos Santos, Presidente do IAPMEI; João Vasconcelos, Senior Advisor Clearwater International e antigo Secretário de Estado da Indústria; e Jorge Portugal, Diretor Geral da COTEC; de José Costa Faria, Sales & Marketing Director da GEFCO; Pedro Silva, Associate Partner da Deloitte; António José Ferreira, Representante de Logística e Centros de Distribuição da SONAE MC; Artur Andrade, Diretor de Desenvolvimento de Negócio da GS1 PORTUGAL; Filipe Esteves, Gestor Sénior de Desenvolvimento de Negócio da GS1 PORTUGAL; e Álex Rovira, especialista internacional em Psicologia da Liderança, que nos trouxe uma componente indispensável em qualquer revolução: as Pessoas.

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