Continuidade digital revela-se como motor de transformação na indústria aeroespacial e defesa

Mais de 80% dos líderes inquiridos no estudo lançado pela Capgemini consideram este aspeto um motor de transformação, impulsionado pela necessidade de responder à instabilidade geopolítica e às pressões nas cadeias de abastecimento

Continuidade digital revela-se como motor de transformação na indústria aeroespacial e defesa

A continuidade digital está a afirmar-se como um dos principais facilitadores de transformação empresarial no setor da aeronáutica e defesa (A&D), de acordo com o estudo “The strategic edge: How digital continuity drives business outcomes in aerospace and defense (A&D)”, do Research Institute da Capgemini.

Mais de 80% dos líderes do setor inquiridos consideram que a continuidade digital é não só um motor de transformação, mas também um meio de obter vantagens competitivas. Em 2024, as empresas de A&D atribuíram, em média, 2,1% da sua receita anual a estas iniciativas, com o objetivo de aumentar a produção, acelerar ciclos de desenvolvimento, reduzir custos operacionais e manter agilidade perante a instabilidade global.

A Capgemini prevê que, até 2028, o investimento médio em continuidade digital aumente para 3,4% da receita, impulsionado pelo crescimento dos custos, pela instabilidade das cadeias de abastecimento e pelas tensões geopolíticas.

“A continuidade digital tornou-se num imperativo para as organizações do setor de A&D conseguirem prosperar no ambiente geopolítico desafiante e incerto que vivemos atualmente. Quando adotada como forma de trabalhar, ajuda a aumentar a produtividade e a otimizar recursos críticos que estão desaproveitados pela falta de integração entre sistemas e dados”, afirmou Lee Annecchino, Global Industry Lead para Aerospace and Defense da Capgemini.

O estudo mostra que 86% dos dirigentes de A&D veem a continuidade digital como essencial para as suas estratégias de crescimento da produção, e 77% acreditam que a sua melhoria acelerará os processos. Já 34% das empresas reportaram reduções de custos, em média de 13%, e 30% conseguiram encurtar prazos de lançamento de produtos no mercado. Além disso, 18% aceleraram ciclos de desenvolvimento graças a estas práticas.

A análise revela ainda uma diferença entre os segmentos: 44% das empresas de defesa dizem estar preparadas para aumentar a produção, face a pouco mais de um terço no setor da aviação civil. Esta diferença é explicada pela maior resiliência das cadeias de abastecimento e pelos investimentos em sistemas de execução de produção mais flexíveis no setor da defesa.

Cerca de 65% das empresas de defesa consideram que a sua cadeia de abastecimento consegue adaptar-se rapidamente às exigências dos clientes, contra apenas 45% das organizações de aviação civil.

O estudo aponta também para o papel emergente da Inteligência Artificial (IA) e da IA generativa no setor: mais de 86% das empresas de defesa reconhecem a necessidade de integrar estas tecnologias na engenharia e desenvolvimento de produtos, e 56% valorizam o desenvolvimento de sistemas autónomos. No entanto, menos de metade afirmam estar realmente preparadas para adotar IA (44%) e apenas 35% para desenvolver sistemas autónomos.

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