Como podem os ecossistemas de inovação impulsionar a igualdade de género?

O Fórum Económico Mundial lançou recomendações de quatro formas de como os ecossistemas de inovação podem ser inclusivos e fomentar a igualdade de género. Os especialistas indicam que os ecossistemas de inovação são espaços-chave, nos quais as interações entre pessoas, recursos, entidades e infraestrutura levam ao avanço das ideias, processos e tecnologias em todos as áreas. 

Segundo o FEM, com os países a realizarem investimentos crescentes nos seus ecossistemas de inovação, há mais oportunidades para garantir que estes são pontos de partida de soluções para a igualdade de género.

O FEM destaca quatro caminhos a percorrer. Por um lado, e em primeiro lugar, o acesso igualitário a trabalhos “do futuro”. Os especialistas afirmam que as mulheres são mal representadas na força de trabalho de inovação, representando 34% da força de trabalho em ciência e engenharia nos EUA. Aqui, os ecossistemas de inovação podem servir de espaços para aumentar as oportunidades de carreira para mulheres. 

Em segundo lugar, o FEM menciona uma abordagem inclusiva ao design. Produtos, serviços e tecnologias inovadoras devem refletir melhor as preferências e necessidades das comunidades em vez de aprofundarem estereótipos e preconceitos. Tal pode ser concretizado conduzindo investigações com mais diversidade de géneros nos testes ao longo do ciclo de development. 

No terceiro ponto, o FEM destaca o acesso igualitário ao capital, pelo que é frequente as mulheres enfrentarem mais barreiras no acesso a fundos e recursos. Neste sentido, os ecossistemas de inovação podem diminuir a lacuna, colmatando o acesso a produtos e serviços de financiamento adequados ao perfil e às necessidades dos empreendimentos liderados por mulheres, promovendo oportunidades de networking e recursos.

Em quarto lugar, o FEM refere o desenvolvimento de parcerias para a inclusão de género, críticas para um ecossistema de inovação inclusivo, pelo que as principais parcerias podem alavancar recursos, competências, redes e novas fontes de financiamento, assim como proteger a exclusão de vozes críticas para os processos de tomada de decisão.