41% das equipas de auditoria interna usam ou planeiam adotar IA generativa este ano

A IA generativa está a ser cada vez mais implementada nas funções de auditoria para produzir insights mais rápidos e simplificar a redação de auditorias

41% das equipas de auditoria interna usam ou planeiam adotar IA generativa este ano

De acordo um inquérito da Gartner a 112 diretores executivos de auditoria (CAE), 41% dos entrevistados estão a usar ou planeiam implementar Inteligência Artificial (IA) generativa este ano.

O estudo revela que 12% dos diretores executivos de auditoria já utilizam modelos de IA generativa, como OpenAI GPT e Google Bard. Em contrapartida, 29% dos CAE afirmam que ainda não implementaram a tecnologia, mas planeiam fazê-lo no próximo ano. Já 20% dos inquiridos revelam que têm planos para adotar as ferramentas generativas de IA no prazo de mais de um ano.

Atualmente, os departamentos de auditoria recorrem à IA generativa com o intuito de otimizar a redação da auditoria, assim como de apoiar a geração de ideias durante o processo de definição do âmbito dos trabalhos de auditoria e após a conclusão destes trabalhos.

Segundo a Gartner, os principais casos de uso de ferramentas generativas de IA incluem a procura de temas ou padrões em grandes volumes de texto, a deteção de anomalias ou casos de não compliance, a redação de programas de auditoria e de relatórios de auditoria, e o resumo de documentos.

“A GenAI está a transformar rapidamente os negócios e está a caminho de ter um efeito profundo semelhante na auditoria. Embora os CAEs estejam otimistas sobre o potencial da GenAI para acelerar a produtividade da auditoria, também estão a agir com cuidado e a explorar primeiro como a incorporar de forma segura e eficaz”, refere Leslee McKnight, vice-presidente da Gartner for Legal, Risk & Compliance Leaders.

“Para determinar os casos de uso mais adequados para o departamento, os CAEs devem primeiro usar pilotos para avaliar os casos de uso selecionados de interesse da GenAI e permitir que o departamento avalie, refine e desenvolva pilotos bem-sucedidos ao longo do tempo”, acrescenta McKnight.

Os departamentos de auditoria que recorrem a modelos menos seguros, como é o caso de ofertas públicas online, podem usufruir dos benefícios desta ferramenta como apoio às atividades de auditoria não proprietárias, como simplificar e-mails ou resumir notas de auditoria não proprietárias, diz a Gartner.

Por outro lado, as equipas com acesso a modelos de terceiros mais seguros ou opções internas têm a seu dispor uma ampla variedade de opções viáveis de casos de uso de IA generativa nas funções de auditoria. A consultora indica como exemplos a elaboração de relatórios de auditoria ou o resumo de grandes volumes de texto de auditoria que podem conter informações confidenciais.

Utilizar as ferramentas de apoio à redação de auditoria pode levar a uma melhoria da produtividade dos auditores, permitindo redirecionar o seu tempo e atenção para tarefas de alto valor e, simultaneamente, simplificar o processo de redação, segundo a Gartner.

Ainda assim, é necessário determinar de que forma é que a auditoria pode proteger a privacidade dos dados nos casos de uso associados às atividades de auditoria que envolvem informações mais sensíveis ou confidenciais. Neste sentido, isto requer uma seleção do modelo de IA generativa mais seguro e viável para os casos de uso pretendidos, destaca a consultora.

“Contar com modelos seguros baseados em cloud ajuda a minimizar o risco potencial de divulgação pública de dados de negócios proprietários que poderiam ser usados para informar outros resultados da GenAI”, conclui McKnight.

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