Web Summit: Como a Intel está a levar a inteligência artificial ao edge

Dados e inteligência artificial protagonizaram a última apresentação do palco principal da Web Summit, neste primeiro dia do evento

Web Summit: Como a Intel está a levar a inteligência artificial ao edge
 

 

Numa apresentação com uma forte componente de demonstração, a Intel demonstrou, de facto, que está a construir o futuro. O CEO, Brian Krzanich, frisou que os dados são hoje “a commodity mais valiosa” e que “todas as empresas têm de ter uma estratégia delineada em torno dos dados”. A da Intel passa por levar a inteligência artificial (IA) até ao edge da rede, que é como quem diz aos objetos de IoT – dos nossos smartphones aos drones, passando pelos carros, à medida que estes últimos se tornam não apenas autónomos, mas mais inteligentes. “Na próxima década assistiremos a uma revolução dos dados no edge”, anunciou.

Krzanich foi perentório: a inteligência artificial é a próxima grande tecnologia a permitir extrair valor dos dados. “Acreditamos que a IA, à medida que chega ao edge da rede, será fundamental para melhorar a forma como vivemos”, referiu o CEO da Intel.

Como  está a Intel a levar a IA ao edge? Krzanich deixou quatro exemplos. O primeiro, o Movidius, uma tecnologia que mais não é do que uma pen USB que, inserida num objeto de IoT com pouca capacidade de processamento ou autonomia, permitindo que estes dispositivos adquiram capacidades avançadas de IA, de neuro processamento, sem necessidade de se conectarem à internet para poderem tomar decisões e agir rapidamente. Esta tecnologia está já a ser utilizada para auxiliar em operações de resgate em drones de salvamento.

Uma das áreas onde a Intel vê “tremenda oportunidade”, no entanto, é a dos carros autónomos, com os dados “a conduzirem estes veículos”, disse Brian Krzanich. A Intel, com a tecnologia da MobilEye, startup israelita que adquiriu recentemente, está a construir um sistema de mapeamento em tempo real, para que os carros reajam melhor ao ambiente envolvente. “Um aspeto crítico para que os carros autónomos sejam uma realidade é terem a capacidade de se adaptarem constantemente ao ambiente que os rodeia”, referiu o CEO.  

Krzanich anunciou que a Intel, através das parcerias que tem com fabricantes de automóveis, terá uma frota de cem carros autónomos nas estradas no próximo ano, nos EUA, dotados de GPS diferencial, câmaras e diversos tipos de sensores (radares e sonares). “Com a MobilEye, somos os olhos e o cérebro de quase todos os carros autónomos”, sublinhou.

Krzanich referiu que hoje estamos no nível 2 dos carros autónomos, de automação parcial, com os humanos a monitorizarem o ambiente. O nível 5 é o nível da automação total.

Em palco a Intel demonstrou ainda como está a possibilitar o que apelida da “verdadeira realidade virtual”, nomeadamente uma parceria com a NBA, para permitir assistir a jogos, em tempo real e com visão 360º, em realidade virtual. “Acreditamos que o futuro é feito de experiências imersivas que combinam dados com IA”, disse, referindo-se aos setor dos media.  

Na Web Summit a Intel revelou como a tecnologia de reconhecimento facial, com recurso a inteligência artificial, está, através do cruzamento de fotografias, ajudar a identificar menores desaparecidos, procurando uma correspondência entre as fotografias das bases de dados das autoridades e as fotografias publicadas em sites de tráfico de menores.

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