Building the Future: na Inteligência artificial, “o que importa são as nossas competências. Precisamos de nos adaptar”

No primeiro dia do Building the Future, Pascal Bornet subiu a palco para explicar como é que a inteligência artificial está “a aumentar os negócios e a tornar o mundo mais humano”

Building the Future: na Inteligência artificial, “o que importa são as nossas competências. Precisamos de nos adaptar”

O Building the Future, evento patrocinado pela Microsoft, regressou a Lisboa para a sua sexta edição e, no primeiro dia, Pascal Bornet, especialista e autor de Inteligência Artificial (IA) e automação, subiu ao palco para falar de IA e de como a tecnologia está a “aumentar os negócios e a tornar o mundo mais humano”.

Bornet, que “se apaixonou por tecnologia há 25 anos”, indica que as competências de todos são insubstituíveis. Mas a inteligência artificial, e principalmente a IA generativa, veio ajudar e, atualmente, já é utilizada na criação de imagens e de vídeos, na deteção de doenças, na construção de apresentações PowerPoint diretamente através de uma folha de Excel. 

Preparem-se para muitas mudanças”, diz Bornet, que partilha que a IA generativa aumenta a performance dos trabalhadores. Um estudo da Universidade de Harvard indica que os colaboradores fazem o seu trabalho 25% mais rápido e 40% com mais qualidade.

Pascal Bornet dá o exemplo de relatórios fiscais públicos de empresas cotadas em bolsa. Pegando num destes relatórios, é possível pedir ao ChatGPT que faça um resumo, pedir detalhes específicos, como o planeamento financeiro que determinada empresa tem. “Isto muda o jogo”, uma vez que permite que qualquer pessoa, através das perguntas corretas, consiga perceber a saúde financeira, os principais gastos e investimentos de uma empresa em que, por exemplo, está a pensar investir.

Mas a IA generativa também traz riscos. O primeiro é que “os nossos trabalhos vão desaparecer”, o que não é verdade. O que verdadeiramente importa pensar “são as nossas competências. Precisamos de nos adaptar a esta realidade”. No caso do ensino, Bornet refere que é preciso abraçar e aumentar o conhecimento dos alunos.

Tudo se resumo a uma equação: humano + IA. “O humano compreendemos. O problema nem é a IA, é o ‘mais’, é como é que podemos aumentar o conhecimento das pessoas”.

Um dos passos que os humanos podem fazer para abraçar a IA passa pela automação de tarefa. Bornet refere que devemos olhar para as nossas tarefas e ver quais são “20% das tarefas que ocupam 80% do nosso tempo” e procurar automatizar as mesmas. O segundo passo é elevar o trabalho. “Quais são os 20% de tarefas que geram 80% do valor que produzo?”, questiona Pascal Bornet, que refere que é necessário olhar para a inteligência artificial e perceber como é que essas tarefas podem ser melhoradas através da tecnologia.

As máquinas estão a aprender enquanto os humanos estão viciados em ecrãs. É preciso criar um balanço. É preciso construir literacia em IA. Perceber como é que a tecnologia nos pode ajudar, quais são os riscos, as questões éticas. Não é só sobre saber programar; é como a tecnologia está a ser utilizada”, refere Pascal Bornet.

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