Que dados dos utilizadores recolhe o Windows 10?

O gigante de Redmond é alvo de críticas e pressão por parte da União há quase dois anos quanto ao tipo de dados que recolhe do Windows 10, mas agora parece que finalmente adotou uma política mais transparente.

Que dados dos utilizadores recolhe o Windows 10?

A partir de ontem (dia 5/4) a Microsoft está atualizar a sua declaração de privacidade e a publicar informações sobre os dados recolhidos como o Windows 10. "Pela primeira vez, publicamos uma lista completa dos dados de diagnóstico recolhidos no nível básico", explica o diretor do Windows, Terry Myerson, num post no blog da empresa . "Também estamos a fornecer um resumo detalhado dos dados que recolhemos dos utilizadores nos níveis básico e completo dos diagnósticos".

Parte da solução para uma maior transparência passa pela disponibilização no Windows 10 de um painel sobre recolha de dados, o que permitirá escolher o nível e volume de dados compartilhados entre utilizadores e o fabricante, como a localização, reconhecimento de voz, nível de diagnósticos, recomendações do fabricante e publicidade.

Painel de privacidade no Windows 10 Creators Update

Estas melhorias no controlo de privacidade devem estar implementadas já no Creators Update, cuja disponibilização está prevista para a próxima semana.

No entanto, as autoridades europeias parecem não estar totalmente convencidas de que isso baste tendo já formalmente comunicado à Microsoft que estas alterações anunciadas para o Creators Update não vão suficientemente longe. França, por exemplo, manifestou o seu desacordo com o rastreamento da geolocalização e “ordenou” à Microsoft que esta função esteja desativada por default.

A Electronic Frontier Foundation, que tinha anteriormente protestado com a Microsoft sobre a falta de escolha dos utilizadores relativamente à recolha de dados, não deu ainda a conhecer se considera estas alterações suficientes.

Para além dos reguladores e associações de consumidores, a Microsoft tem de lidar com uma infinidade de boatos e rumores sobre a invasão da privacidade dos seus clientes, como as histórias sem fundamento que em março proliferaram na internet sobre um keylogger de origem dentro do sistema operativo, ou mesmo sobre publicidade no pequeno jogo "Solitaire".

Se, como tudo indica, a Microsoft avançar para uma política mais transparente de dados recolhidos, assim como facilitar aos seus utilizadores que escolham o tipo de dados compartilhados, está a contribuir para baixar as preocupações dos grupos de utilizadores e reguladores e a criar um ambiente de maior confiabilidade no seu produto e nas suas boas intenções.

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