Procura por talento na área da sustentabilidade cresce

Perante os desafios da pandemia e os objetivos definidos pela ONU, a dimensão da sustentabilidade está entre as prioridades atuais das empresas

Procura por talento na área da sustentabilidade cresce

A sustentabilidade está entre as principais prioridades das organizações, ganhando importância estratégica para o desenvolvimento dos seus negócios - o que se reflete nas atuais ofertas de emprego. Os dados são da Michael Page, que apresentou o eBook Talento e Sustentabilidade, no qual analisa as tendências do mercado de trabalho neste setor para este ano, no mercado português. Para acompanhar este lançamento, a Michael Page criou a landing page Impacto Positivo” no seu website, com o objetivo de “promover a sustentabilidade e as ofertas de emprego diverso, inclusivo e comprometido com o bem-estar e com a contribuição para uma melhor sociedade“.

Mais, os dados explicam que a atração de talento na área da sustentabilidade motivada por fatores que se prendem com a resposta ambiental, social e económica por parte das empresas perante os desafios da pandemia e dos objetivos definidos pela agenda da ONU, tem provocado uma mudança positiva na visão dos líderes face à implementação dos processos de sustentabilidade de forma transversal em todas as funções corporativas.

Para este ano, a área da sustentabilidade regista uma tendência significativa de crescimento, com um aumento da procura de profissionais, principalmente de perfis especializados para funções de direção, indica a Michael Page. Mais, notam que das ofertas de emprego dedicadas à área da sustentabilidade de que dispõe, as empresas dos setores industriais, energético, smart solutions e mobilidade, são as que mais procuram estas novas funções.

“A necessidade de ir ao encontro das expetativas dos stakeholders e do público está a incentivar as empresas a assumir a sustentabilidade como um compromisso corporativo”, explica João Bernardo Gonçalves, senior manager da Michael Page Portugal, acrescentando que “os objetivos de sustentabilidade global e de combate à pandemia estão a reforçar esta tendência, assim como a necessidade de uma nova liderança num ambiente empresarial em constante mudança. Por essa razão, além da criação de novas posições relacionadas com a sustentabilidade, os managers das empresas das várias áreas, desde os Board Members aos responsáveis de Marketing, estão a assumir cada vez mais este compromisso”.

As empresas que não adotam um foco estratégico de sustentabilidade em todas as atuações dos seus departamentos e processos estão a perder o seu employer branding assim como a capacidade de atrair e reter talento, refere o estudo da Michael Page, que revela, ainda, a criação de novas funções orientadas para conseguir atingir estes objetivos.

No âmbito da gestão da sustentabilidade corporativa, destacam-se os perfis de Head of ESG (Environmental, Social and Governance), Sustainable Development Manager ou Head of Diversity & Inclusion, em que as remunerações oscilam entre 70 mil euros a 100 mil euros, 45 mil e 60 mil euros e 50 mil a 70 mil euros anuais, respetivamente, em empresas com faturação entre 20 e 250 milhões de euros. 

Segundo a Michael Page, as competências mais importantes para estas funções exigem visão estratégica do desenvolvimento sustentável a um nível empresarial, financeiro, social e pessoas e globalização e inclusão, excelentes competências interpessoais e de comunicação, abordagem prática e analítica, capacidade de tomar decisões importantes e, por vezes, difíceis sob pressão, entre outras. Em termos de qualificações, os candidatos com mestrado em escolas de negócios e de gestão, MBA ou formação online, apresentam-se como diferenciadores.

Para além destas funções emergentes na área da sustentabilidade corporativa, a Michael Page destaca outras posições já existentes e que se estão a tornar agentes de mudança, entre as quais a de Head of Business Unit, Product Development Manager, Strategy Development Manager e Operation Project Manager. A análise da Michael Page revela, também, que são cada vez mais as empresas que recorrem às categorias de sustentabilidade como base para os seus modelos de negócio e estratégias, e as organizações que colocam a sustentabilidade, a todos os níveis, nas suas prioridades, posicionam-se melhor para atrair capital e talento. 

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