IA vai transformar por completo o trabalho em IT até 2030

A Gartner aponta que a principal prioridade é o equilíbrio entre a prontidão da IA e a prontidão humana e que os líderes de IT devem transformar a força de trabalho que consiga captar e sustentar o valor da IA e prevenir a atrofia de competências

IA vai transformar por completo o trabalho em IT até 2030

A Inteligência Artificial (IA) irá impactar a totalidade do trabalho em IT até 2030, segundo uma nova investigação da Gartner. A empresa de pesquisa projeta que o ambiente de IT do futuro será “impulsionado por humanos, amplificado pela IA e orquestrado pelo CIO”.

Um inquérito da Gartner a mais de 700 CIO, realizado em julho de 2025, revelou que, até 2030, os CIO esperam que 0% do trabalho de IT seja realizado por humanos sem IA e 75% seja realizado apenas por IA.

Este cenário exige que as organizações equilibrem urgentemente a prontidão para a IA com a prontidão humana para garantir que o valor pela tecnologia seja sustentável e capturado pelas empresas.

Embora nem toda a IA esteja pronta para gerar valor, os humanos estão ainda menos preparados para o captar”, referiu Rob O’Donohue, VP Analyst da Gartner. “Estar pronto para a IA significa ter a força de trabalho e a organização certas para captar e sustentar o valor da IA”.

A Gartner mantém a sua posição de que o impacto da IA nos empregos globais será neutro até 2026, prevendo que, até 2028, a IA acabe por criar mais empregos do que aqueles que destruirá.

A IA não se trata de perda de emprego. Trata-se de transformação da força de trabalho. Os CIO devem começar a transformar as suas equipas restringindo novas contratações e reposicionando o talento para novas áreas de negócio que gerem receitas”, referiu Gabriela Vogel, VP Analyst na Gartner.

Restringir as contratações ajuda a otimizar os custos, mas a captura de novo valor exige que a força de trabalho seja capaz de trabalhar com a IA de formas radicalmente novas.

A IA tornará algumas competências, como a sumarização, a recuperação de informação e a tradução, menos importantes, uma vez que a IA está pronta para automatizar ou melhorar estas tarefas”, refere Rob O’Donohue. “Mas a IA também cria a necessidade de competências totalmente novas. Estas competências em IA são fundamentalmente diferentes da maioria das competências. Enquanto as competências tradicionais visam melhorar a execução de tarefas, as competências em IA visam melhorar o profissionalismo”.

A Gartner adverte ainda para o risco de atrofia de competências, que pode ocorrer se as pessoas se tornarem demasiado dependentes da IA e deixarem de usar capacidades essenciais. Por isso, os analistas recomendam que os planos de desenvolvimento de competências vão além da formação, exigindo que os colaboradores sejam avaliados periodicamente para garantir que retêm as capacidades críticas para funções importantes.

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