Deepfakes e exploração de aplicações de IA generativa atingem maioria das organizações

Um estudo recente da Gartner mostra que ataques com recurso a inteligência artificial generativa estão a expandir-se, com as empresas a enfrentarem sobretudo tentativas de manipulação através de deepfakes e exploração de aplicações

Deepfakes e exploração de aplicações de IA generativa atingem maioria das organizações

Nos últimos 12 meses, 62% das organizações foram alvo de ataques deepfake e 32% sofreram exploração de aplicações de Inteligência Artificial (IA), revelam dados de uma pesquisa internacional conduzida pela Gartner. O relatório, que analisou respostas de 302 líderes de cibersegurança da América do Norte, EMEA e Ásia-Pacífico, mostra que o impacto da Inteligência Artificial Generativa (IA generativa) no cenário de ameaças já é significativo e está em crescimento.

Entre os casos relatados, 29% dos responsáveis de segurança indicaram que as suas organizações foram vítimas de ataques à infraestrutura de aplicações empresariais de IA generativa. Estas situações vão além do uso de deepfakes em engenharia social, incluindo também a manipulação de prompts em assistentes de chatbot e outros modelos multimodais. De acordo com a Gartner, este tipo de exploração procura induzir respostas enviesadas ou mesmo maliciosas, através da exploração de fragilidades na forma como os modelos interpretam pedidos.

Durante o Gartner Security & Risk Management Summit, em Londres, Akif Khan, vice-presidente analista da consultora, afirmou que “à medida que a adoção acelera, os ataques que utilizam IA generativa para phishing, deepfakes e engenharia social tornaram-se comuns, enquanto outras ameaças – como ataques à infraestrutura de aplicações de IA generativa e manipulações baseadas em prompt – estão a surgir e a ganhar força”.

Embora 67% dos líderes de cibersegurança considerem que os riscos emergentes exigem mudanças profundas nas abordagens atuais, a Gartner recomenda uma estratégia mais equilibrada. Em vez de apostar em alterações radicais ou investimentos isolados, a consultora defende o reforço dos controlos centrais existentes e a adoção de medidas específicas para cada nova categoria de risco.

Tags

NOTÍCIAS RELACIONADAS

RECOMENDADO PELOS LEITORES

REVISTA DIGITAL

IT INSIGHT Nº 57 Setembro 2025

IT INSIGHT Nº 57 Setembro 2025

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.