Cibermeaças através de email crescem 37%

Dados da Eset indicam que as ameaças através de email cresceram 37% nos primeiros quatro meses do ano, sendo o maior crescimento observado na categoria desde 2020

Cibermeaças através de email crescem 37%

As ameaças de email agravaram-se nos primeiros quatro meses de 2022, crescendo 37% em comparação com o último quadrimestre de 2021. A conclusão é do “Threat Report T1 2022” que reúne as principais estatísticas dos sistemas de deteção da Eset.

Apesar das atividades de phishing ativas, foram as campanhas de spam de email, com documentos maliciosos da família de trojans bancários Emotet, que são apontadas como a principal razão para este crescimento. Em março de 2022, a Eset registou um pico de campanhas de email em grande escala do Emotet, detetado como variantes do DOC/TrojanDownloader.Agent. Este aumento foi também registado em Portugal, e corresponde a algumas das dez principais ameaças detetadas no país no primeiro quadrimestre do ano.

A nível global, a incidência do DOC/TrojanDownloader.Agent nas caixas de email foi de tal ordem que a Eset registou um aumento de 829% em comparação com as deteções das variantes nos últimos quatro meses de 2021. O DOC/TrojanDownloader.Agent representa documentos Microsoft Word maliciosos que descarregam outros malwares na Internet. Os países mais afetados pelas renovadas campanhas do Emotet foram o Japão, Itália e Espanha.

No entanto, esta campanha precedeu a decisão da Microsoft de desativar os macros Visual Basics for Applications descarregados por predefinição nos programas Office - uma das principais vias de distribuição usadas pelo Emotet. Ou seja, no futuro, os operadores desta família de trojans serão forçados a procurar novas vias de ataque.

Outra ameaça distribuída como anexos de email - e Discord - com um crescimento substancial em T1 2022 foi o MSIL/TrojanDownloader.Agent, que cresceu 130% em comparação com os últimos quatro meses de 2021. Este malware tenta descarregar outros malwares através de vários métodos, contendo normalmente um URL ou uma lista de URLs que conduzem ao “payload” final. Em Portugal, o MSIL/TrojanDownloader.Agent foi a terceira maior ameaça detetada em T1 2022.

Entre os tipos de anexos maliciosos distribuídos por email no primeiro quadrimestre de 2022, mais de metade foram anexos executáveis Windows (55%). Os ficheiros de Script (30%) e os documentos de Office (10%) também foram populares para cibercriminosos. A prevalência dos ficheiros de Office duplicou neste período devido à atividade do Emotet, mas deverá decrescer no futuro devido ao bloqueio da via de distribuição.

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