Automatização de recursos humanos aumenta ameaças à segurança de dados

À medida que mais funções de Recursos Humanos (RH) adotam Inteligência Artificial (IA) e tecnologias automatizadas, os incidentes de segurança tornam-se mais frequentes e prejudiciais, segundo dados revelados pela Gartner.

“Com as empresas a optar por maior automatização para conter custos, a ciberresiliência e a proteção de dados pessoais sensíveis em todo o ciclo de vida dos talentos devem tornar-se prioridades fundamentais”, afirmou Emi Chiba, analista sénior na Gartner HR Practice.

A empresa identificou quatro ações-chave para que os Chief Human Resources Officers (CHRO) reforcem a proteção de dados e construam confiança nos sistemas de RH automatizados.

Os líderes de RH devem deixar de ser apenas facilitadores e passar a integrar cibersegurança e proteção de dados como pilares estratégicos. A falta de fluência digital dificulta a liderança em projetos de Inteligência Artificial (IA) e transformação digital, aumentando o risco de violação de dados, roubo de propriedade intelectual e danos reputacionais.

Para mitigar estes riscos, a Gartner recomenda que os CHRO:

- Reforcem competências digitais e colaborem de forma estreita com IT e equipas de cibersegurança;

- Incorporem considerações de segurança em todas as fases de planeamento e execução tecnológica;

- Realizem auditorias regulares às ferramentas de IA generativa.

Quando tarefas de RH são externalizadas, a gestão de riscos de terceiros torna-se crítica. Os CHRO devem trabalhar com IT, compras e jurídico para avaliar fornecedores, rever relatórios de auditoria e garantir conformidade com normas corporativas de proteção de dados.

A Gartner destaca também a importância de promover uma cultura organizacional que valorize a segurança, encorajando a comunicação de riscos e a avaliação de falhas sem receio de represálias. Esta postura fortalece a resiliência cibernética, protege o talento e preserva a reputação da organização.