O desafio invisível da IA Generativa: arrefecer o futuro digital

Embora a atenção se concentre geralmente no software, nos algoritmos e nas suas capacidades impressionantes, a infraestrutura física que os suporta está sob uma pressão sem precedentes.

À medida que os modelos de IA se tornam mais complexos e a capacidade de computação necessária aumenta de forma exponencial, a procura energética dos centros de dados cresce a um ritmo vertiginoso. Atualmente, estas infraestruturas representam entre 2,2% e 2,3% do consumo energético mundial. As previsões são ainda mais preocupantes: alguns estudos indicam que este valor poderá triplicar até atingir os 6% em 2030, caso não sejam adotadas medidas eficazes de eficiência energética.

Este aumento na procura energética tem uma causa clara: o calor gerado pelos processadores avançados — especialmente as unidades de processamento gráfico (GPU) e outros aceleradores especializados — que permitem executar os modelos de IA generativa. As densidades de potência por rack nos novos centros de dados superam largamente as dos ambientes tradicionais, exigindo uma reavaliação completa dos sistemas de arrefecimento.

Neste novo contexto, o arrefecimento deixa de ser um aspeto técnico secundário para se tornar num elemento estratégico, essencial para garantir a continuidade operacional, a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental. Como explica Mario Vasconcelos, Sales Director Enterprise Accounts, Spain & Portugal da Vertiv: “A IA generativa elevou significativamente o patamar da infraestrutura digital. Atualmente, o sucesso de uma implementação depende tanto da capacidade de processamento como da capacidade de gerir o calor gerado. Um arrefecimento eficiente não só protege os equipamentos, como permite a inovação.”

A Vertiv, referência global em soluções para infraestruturas digitais críticas, vem antecipando essa tendência há anos. A empresa desenvolveu tecnologias específicas que enfrentam os diversos desafios térmicos dos novos ambientes de alta densidade. Entre elas, destacam-se soluções como o Vertiv™ CoolChip CDU, um sistema de distribuição de refrigerante para servidores com refrigeração líquida que permite controlar a qualidade, o fluxo e a pressão do líquido. Outra solução de destaque é o Vertiv™ Trinergy™, o sistema de alimentação ininterrupta da Vertiv mais confiável e eficiente da sua categoria, projetado para as exigências dinâmicas das cargas de IA nos data centers.

“A nossa tecnologia permite-nos acompanhar os nossos clientes em todas as fases da sua transição para infraestruturas preparadas para a inteligência artificial, facilitando a migração de ambientes tradicionais para arquiteturas de alta densidade, sem comprometer a sustentabilidade ou a fiabilidade”, acrescenta Vasconcelos. “Além disso, a flexibilidade das nossas soluções permite escalar rapidamente consoante as necessidades do negócio — algo essencial num contexto onde a procura pode mudar de forma imprevisível.”

Talvez uma das maiores lições desta nova era tecnológica seja que a verdadeira inovação não depende apenas da potência dos algoritmos, mas também de uma infraestrutura preparada e flexível que assegure a sua execução segura e sustentável. Potência de cálculo sem controlo térmico eficiente é apenas uma promessa incompleta.

Em última análise, o futuro da inteligência artificial dependerá tanto da nossa capacidade para desenvolver modelos cada vez mais avançados, como da nossa competência para criar ambientes resilientes, eficientes e sustentáveis. Só assim poderemos libertar todo o potencial transformador da IA generativa e garantir um impacto positivo na sociedade, promovendo a competitividade, a inovação e a criação de valor em todos os setores económicos.

Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela Vertiv