Mercado global de impressoras 3D cresce 35 por cento em 2015

Segundo a Context, o crescimento foi impulsionado pelas compras do segmento B2B de impressoras tridimensionais pessoais/de desktop

Mercado global de impressoras 3D cresce 35 por cento em 2015

As vendas globais de impressoras 3D aumentaram cerca de 35 por cento ao longo dos três primeiros trimestres de 2015, devido às aquisições de impressoras 3D pessoais/desktop de baixo custo, segundo dados revelados pela Context.

De um total de 173,962 unidades vendidas até à ao presente momento, 95 por cento foram impressoras desktop, maioritariamente com preços abaixo dos 5 mil dólares. Isto representa um crescimento anual de 38 por cento para esta subcategoria, em comparação com o declínio de 3 por cento nas vendas de equipamentos do segmento industrial/profissional, que registaram 8,706 unidades vendidas nos primeiros três trimestres de 2015.

A maioria do crescimento verificou-se na primeira metade do ano, porém, com o Q3 de 2015 a registar apenas um crescimento anual de 4 por cento nas vendas de impressoras do segmento doméstico. Neste período, o sector industrial/profissional enfrentou um decréscimo de 7 por cento face ao Q3 de 2014.

A marca que liderou o mercado global de impressoras 3D pessoais/desktop em 2015 foi a XYZprinting, de Taiwan, com uma quota de 17 por cento, ocupando o lugar que no anterior fora ocupado pela MakerBot.

O mercado continua a ser caraterizado pelo domínio de marcas regionais e pela possibilidade que as startups têm de ganhar quota de forma rápida, através de processos de crowdsourcing.

Entretanto, o recente anúncio da 3D Systems em manter-se longe das impressoras domésticas de 999 dólares indica que a procura no segmento pessoal/desktop não é apenas proveniente dos consumidores domésticos, mas do B2B.

"Apesar de ainda não terem encontrado o seu lugar entre os consumidores, na generalidade, as impressoras 3D desktop continuam a ser um importante portal de tecnologia para a evolução da indústria da impressão 3D", revela Chris Connery, VP de análise global da Context. "Os jovens engenheiros de hoje, estudantes e amadores necessitam de se expor mais aos conceitos que lhes permitem desenhar corretamente os produtos para um ambiente de fabrico low cost. Impressoras 3D pessoais de baixa gama permitem que estes conhecimentos acelerem".

As impressoras do segmento industrial/profissional enfrentaram dificuldades em 2015, após o hype de anos anteriores. Além disso, os fabricantes fiéis à indústria de TI (que anteriormente não faziam parte desta indústria) como a HP, a Canon, a Ricoh e Toshiba anunciaram os seus planos para entrar neste mercado nos próximos anos, potencialmente abrandando os investimentos nas impressoras 3D, até que as tecnologias destes fabricantes cheguem ao mercado.

O setor Industrial/Profissional é caracterizado por uma vasta gama de tecnologias e produtos que podem ir dos 20 mil dólares até mais de 1,5 mil milhões. A Stratasys e a 3D Systems são as detentoras dos portfólios mais diversificados em termos de ofertas, tendo continuado a liderar o mercado em 2015.

O mercado global total de impressão 3D, incluindo não só o hardware, mas também os materiais e serviços, está projetado para um crescimento de 4,3 mil milhões de dólares em 2015 para 17,7 mil milhões em 2020.

Espera-se um crescimento tanto no sector industrial/profissional, principalmente em Metal 3D, e no pessoal/desktop, especialmente na educação.

Para o sector pessoal/desktop, enquanto a maioria das empresas indica que a adoção geral destes serviços pelos consumidores  poderá estar a décadas de distância, os esforços neste sector estão a ser redirecionados para engenheiros, arquitetos, pequenos negócios e instituições educacionais.

 

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