Apenas 15% dos dados armazenados são críticos

De acordo com o “Global Databerg Report” da Veritas, a grande maioria dos dados armazenados são dados obscuros ou redundantes, obsoletos ou triviais (ROT)

Apenas 15% dos dados armazenados são críticos

A CESCE SI acaba de divulgar os resultados obtidos por um estudo conduzido pela Veritas que revela que 52% de toda a informação armazenada e processada atualmente pelas organizações, em todo o mundo, é considerada como sendo de dados “obscuros”, cujo valor é desconhecido. Além disso, outros 33% dos dados são considerados redundantes, obsoletos, ou triviais (ROT), e sabe-se que são inúteis. O relatório adverte que, se forem deixados ao descontrolo, os dados empresariais irão custar às empresas, em todo o mundo, um total de 3,3 biliões de dólares até ao ano 2020.

As empresas estão a criar e armazenar dados a uma velocidade cada vez maior, devido a uma cultura de “acumulação de dados”. Estes dados podem ser tudo, desde informação empresarial valiosa, a informação não conforme. O relatório revela que os líderes de TI consideram que apenas 15% de todos os dados armazenados são classificados como informação crítica para o negócio. Em média, para uma empresa de média dimensão com 1000 TB de dados, o custo do armazenamento da informação não crítica é avaliado como sendo superior a 650 mil dólares, anualmente.

“Compreender e reconhecer que existe uma cultura de acumulação de dados é um primeiro passo para resolver o problema”, disse Ben Gibson, CMO da Veritas. “Cada vez mais organizações estão a aperceber-se disso. O problema que a maioria enfrenta é não saber com que dados começar, quais os riscos envolvidos e onde descobrir o valor. Depois de terem essa visibilidade do ambiente, podem tomar decisões mais rápidas, com maior confiança, e apresentá-las às partes interessadas para avançar com um plano bem concebido”.

Este relatório auscultou mais de 2500 profissionais de TI de 22 países e sucedeu a um estudo internacional, da empresa Data Genomics Index que deu a primeira visão exata da composição dos dados empresariais, baseada na análise de milhares de milhões de ficheiros. O Data Genomics Index revelou que mais de 40% dos dados armazenados não foram tocados durante mais de três anos e são considerados “velhos”. O Global Databerg Report confirma que os líderes de TI estão cientes deste problema. Estes dois estudos conjugam a perspetiva dos funcionários com a realidade do sistema de ficheiros, e espera-se que juntos possam ser um catalisador para que as organizações finalmente deem uma resposta à dinâmica do crescimento dos dados a que estão a assistir. 

Segundo o Global Databerg Report, por todo o mundo, em média, 52% de todos os dados armazenados são dados obscuros. Os dados obscuros podem ser redundantes, obsoletos ou triviais (ROT) ou dados empresariais limpos valiosos. Os piores em matéria de dados obscuros são a Alemanha, o Canadá e a Austrália, com respetivamente 66%, 64% e 62% dos dados armazenados definidos como sendo obscuros, deixando os EUA numa posição média com 54% dos dados considerados desconhecidos. A maior proporção de dados empresariais críticos, limpos e identificados, foi encontrada na China (25% limpos), Israel (24% limpos) e Brasil (22% limpos). Mas isto continua a significar que mais de 75% de todos os dados armazenados são obscuros ou não têm valor para a empresa. 

Os dados ROT já foram identificados pelas organizações como redundantes, obsoletos ou triviais, e têm pouco ou nenhum valor para a empresa. Mas 48% de todos os dados armazenados na Dinamarca, 44% na Holanda e 43% de todos os dados nos Emirados Árabes Unidos pertencem a esta categoria. Nos E.U., 30% dos dados são dados ROT.

Não compreender o que está a ser armazenado em redes empresariais é muito arriscado e não deixa margem para “negações plausíveis” na eventualidade de uma investigação regulatória ou criminal. Mais de 25% dos funcionários armazenam dados pessoais em dispositivos de trabalho, desde documentos pessoais, legais e documentos de identificação (57%), fotos (57%), música (47%), vídeos (33%) e jogos (26%). Pode parecer inocente à primeira vista, mas muitos destes documentos podem violar novas regras de privacidade de dados em jurisdições regionais ou desencadear potenciais problemas de direitos autorais.

“Este é mais um estudo importante que a CESCE SI apoia e faz questão de divulgar aos clientes que se preocupam, cada vez mais, com a resiliência das TI, e procuram uma resposta adequada aos muitos desafios emergentes pelo crescimento exponencial dos dados”, afirmou Pedro Vieira, diretor de Desenvolvimento de Negócio da CESCE SI. “A informação facultada agora pela Veritas serve de base essencial para que as empresas possam tomar medidas mais concretas e assertivas, sustentadas nas orientações de parceiros credíveis nesta área do armazenamento e gestão da Informação, o que irá permitir-lhes alcançar o sucesso no futuro”.

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