Building The Future 2020: “O futuro que vamos construir depende dos desafios que enfrentarmos agora”

Laila Pawlak, CEO da SingularityU Nordic, deu abertura ao primeiro dia do Building The Future 2020 com uma reflexão sobre os desafios e mudanças que esta transformação trará consigo – e de que forma os podemos enfrentar

Building The Future 2020: “O futuro que vamos construir depende dos desafios que enfrentarmos agora”

A transformação digital é cada vez mais uma preocupação mainstream – o facto de um evento como o Building the Future, a decorrer de 28 a 30 de janeiro, conseguir reunir mais de três mil participantes dos mais diversos setores prova que este é cada vez menos uma questão de cariz meramente tecnológico, constituindo uma mudança de paradigma que afeta as empresas de formas inesperadas, obrigando-as a repensar dinâmicas de mercado até agora dadas como garantidas.

No seu discurso de abertura no palco Building the Vision, Laila Pawlak, CEO e co-fundadora da SingularityU Nordic, destacou três áreas nas quais as empresas devem fazer esta reavaliação.

Em primeiro lugar, em que indústria estão. É verdade que muitas organizações se vão manter firmemente nas suas indústrias originais, mas outras, á medida que apostam na digitalização e no desenvolvimento das suas próprias plataformas e serviços, começam a adquirir infraestrutura, ferramentas e expertise que permitem a sua expansão para novos mercados.

Em segundo, quem são os seus clientes. A analítica, a inteligência artificial, a própria digitalização e tecnologias isoladas como a impressão 3D permitem um nível de personalização a larga escala que será cada vez mais a norma. Como tal, a caracterização dos clientes passará do simples B2B e B2C para B2IE (Business to Individual Enterprises), B2I (Business to Individuals) e, com a expansão dos assistentes virtuais e sistemas de automação, B2A (Business to Assistants).

Por último, quem é a sua concorrência. A rápida inovação tecnológica tem implicações imprevistas na forma como a as empresas se inserem no mercado. Pawlak dá como exemplo as bebidas energéticas: tradicionalmente, a sua concorrência eram outras marcas de bebidas energéticas e, de forma menos direta, outras fontes de cafeína. Contudo, grande parte das receitas destas bebidas (no caso da Redbull, por exemplo, perto de um  terço) são provenientes de vendas em bombas de gasolina.

A Redbull pode não considerar a Tesla um concorrente direto, mas a verdade é que o crescimento da mobilidade elétrica e maior independência das baterias irão inevitavelmente pôr em causa uma grande porção das suas receitas. Este pode ser um exemplo mais extremo, mas o mesmo irá acontecer em todas as indústrias, em especial à medida que os dois pontos acima se começam a manifestar.

É já um velho refrão, a este ponto: a transformação digital é inevitável, e as empresas que não se adaptarem vão ser inevitavelmente deixadas para trás. Do mesmo modo, garante Pawlak, “as pessoas mais empregáveis serão as que estão constantemente a evoluir e a aprender – e que o conseguem provar”.

Acima de tudo, reforça, o mais importante é que as pessoas e organizações não só se possam adaptar à mudança, mas procurem também influenciá-la.

“O futuro que vamos construir depende dos problemas que decidimos resolver e desafios que decidimos enfrentar agora. A minha esperança é que decidam não ser meros espectadores nos desafios que a nossa sociedade está a experienciar”. 

 

Leia a reportagem completa na próxima edição da IT Insight.

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