MBWay é o segundo método de pagamento preferido dos portugueses

Os cartões de crédito e débito permanecem a primeira escolha de pagamento para os consumidores portugueses (80%)

MBWay é o segundo método de pagamento preferido dos portugueses

Apesar de os cartões de crédito e débito serem a primeira escolha de compra para os consumidores portugueses (80%), o MBWay encontra-se em ascensão, sendo já o segundo método de pagamento mais utilizado em Portugal. Os dados são da Adyen no seu último “Relatório de Métodos de Pagamento” 2023 em Portugal.

Este novo estudo mostra a evolução da oferta de múltiplas opções de pagamento tanto para consumidores como para retalhistas, e mostra, entre outros dados, o crescimento da oferta de opções de pagamento a prestações nas empresas portuguesas (63%), ou a prioridade da segurança por parte dos consumidores quando optam por escolher um método ou outro no momento do pagamento (84%). 

O relatório, desenvolvido com base em inquéritos a 105 empresas com mais de cem empregados e mais de mil consumidores em Portugal, mostra que, no período de março de 2022 a fevereiro de 2023, assistiu-se a um crescimento de 30% no número de pagamentos face ao período homólogo, crescimento que se verificou mais acentuado nos pagamentos online. 

Adicionalmente, também o número de utilizadores registou um aumento. Segundo um estudo realizado pelo Barómetro e-Commerce da Marktest, relativamente ao ano de 2022, registaram-se mais 180 mil utilizadores face a 2021. Este aumento de cerca de 4,6% fez com que o universo de pessoas que utilizam o pagamento por Multibanco ou Referência Multibanco ascendesse a 3.9 milhões. O Multibanco fica também no topo da preferência dos utilizadores, sendo apenas ultrapassado pelo MBWay. 

Nos últimos três anos, os hábitos de compra têm condicionado as escolhas dos utilizadores e o investimento das empresas nos métodos de pagamento oferecidos. O progresso tecnológico, bem como vários eventos globais, moldaram o perfil atual do consumidor médio português. Contudo, algumas previsões, tais como o fim do numerário ou o desaparecimento de lojas físicas, não parecem, por enquanto, realizar-se.

Em geral, o cartão de crédito ou débito é a opção mais procurada pelos consumidores (80%), seguido do pagamento via MBWay (62%) e, por último, o retorno da utilização de numerário (43%). Mas, se olharmos apenas para o online, os portugueses optam pelo pagamento através do MBWay (33%), seguido do Paypal (30%), e só depois optam por pagar com cartão de crédito ou débito. Relativamente ao Multibanco, no período de março de 2022 a fevereiro de 2023, assistiu-se a um crescimento de 30% no número de pagamentos face ao período homólogo do ano anterior.

O comportamento das empresas em Portugal vai ao encontro do comportamento dos consumidores. Seis em cada dez oferece aos seus clientes cartões de crédito ou débito como forma de pagamento, bem como transferência bancária. O MBWay está em terceiro lugar com 54%, seguido apenas pelo numerário com 51%. No entanto, é possível que o PayPal o ultrapasse, uma vez que já está disponível em 46% das empresas em Portugal, confirmando uma crescente adaptação às várias possibilidades de pagamento através da digitalização.

Quando se trata de pagamentos a prestações, os analistas preveem que a despesa financeira global neste tipo de método de pagamento irá aumentar 92%, um crescimento de 353 mil milhões de dólares para 680 mil milhões de dólares. E, dentro de dois anos, espera-se que o valor deste método de pagamento atinja 12% do total das despesas de comércio eletrónico só em bens físicos. 

Para Juan José Llorente, Country Manager de Adyen em Espanha e Portugal, “é gratificante e interessante observar o desenvolvimento da transformação digital das empresas todos os anos. Observamos os métodos de pagamento digitais a crescer de forma interessante, tais como o MBWay ou o Paypal. E que a disponibilização de certos métodos de pagamento se traduz num maior volume de receitas, como é o caso dos pagamentos a prestações”. 

Na atual situação global, são necessárias cada vez mais formas de financiamento para realizar compras. A este respeito, o pagamento a prestações oferece uma grande vantagem, nomeadamente, a flexibilidade financeira para os consumidores de todos os tipos. No nosso mercado, mais de metade dos consumidores (55%) afirma ter utilizado o pagamento a prestações em algum momento. Ao analisar este método de pagamento por tipo de produto, podemos identificar que é mais utilizado nas compras de eletrodomésticos (27%), habitação (19%), eletrónica (17%) e bens alimentares (13%).

Como parte do seu plano estratégico, seis em cada dez retalhistas inquiridos indica que a inclusão deste método de pagamento aumentou as receitas. Além disso, 44% adicionou o pagamento a prestações devido à procura por parte dos clientes. Por outro lado, 10% indica que não tem esta opção devido à falta de orçamento.

Apesar disto, em Portugal existe uma grande desconfiança por parte dos consumidores no que diz respeito a este tipo de método de pagamento. Especificamente, 45% não utiliza o pagamento a prestações e a maioria não o faz devido à insegurança laboral/financeira (11%) ou porque desconfia das suas instituições financeiras (7%).

Com a chegada da digitalização, a experiência do utilizador está a tornar-se mais importante do que nunca e a procura dos consumidores está a aumentar. De acordo com a investigação, 79% dos consumidores afirma que irá beneficiar de descontos e ofertas durante períodos de incerteza económica.

A fidelidade dos clientes e a personalização da experiência de compra são requisitos essenciais para os consumidores em 2023. Neste novo relatório sobre os métodos de pagamento, descobrimos que sete em cada dez inquiridos (75%) acredita que, para criar lealdade, os métodos de pagamento devem oferecer descontos sobre o preço dos produtos ou serviços. 

Entre os principais desafios para as empresas do nosso país encontram-se a fraude e a segurança (69%), o acompanhar das inovações e a forma como os clientes querem pagar (51%), bem como os custos de implementação e o crescimento das taxas de conversão e das receitas (ambos 34%).
De acordo com os resultados deste novo estudo, verifica-se que as estratégias das empresas tendem a satisfazer a procura dos consumidores, tendo 58% das empresas inquiridas declarado que desejam identificar os seus clientes habituais e aplicar descontos em troca da sua fidelidade no momento do pagamento.

Em setores como a venda de bens de luxo e a hotelaria, a fidelização de clientes estrangeiros desempenha um papel importante. 68% dos retalhistas considera importante oferecer os seus métodos de pagamento locais aos clientes estrangeiros como forma de aumentar a sua confiança e lealdade, seguidos de 25% que acredita que, quanto mais métodos de pagamento lhes são oferecidos e disponíveis, mais oportunidades de venda existem.

A segurança continua a ser uma das prioridades dos consumidores na avaliação dos diferentes métodos de pagamento e, como vimos, continua a ser uma das maiores preocupações das empresas. Concretamente, mais de seis em cada dez retalhistas no nosso país considera prioritário oferecer opções de pagamento com o menor risco de rejeição dos seus clientes, bem como estabelecer diferentes regras de fraude no processamento de pagamentos eletrónicos, prevenir e detetar, bem como bloquear transações fraudulentas (61%).

No que diz respeito aos consumidores, os dados dos inquéritos revelam que a grande maioria valoriza sobretudo a segurança oferecida pelos métodos de pagamento (84%) quando decidem entre um ou outro. Apesar desta preocupação, mais de sete em cada dez utilizadores afirma  nunca ter sofrido de fraude nas suas compras.

No momento de escolher qual o método de pagamento com que se sentem mais seguros, os consumidores optam pelo cartão de crédito/débito (73%), porém, é precisamente com este método de pagamento que sofreram mais fraude (15%). Quando se fala de segurança, a autenticação reforçada do cliente (SCA) também entra em jogo para reduzir a fraude, com exatamente metade dos inquiridos a preferir receber códigos de autenticação no seu telefone através de SMS quando fazem compras (61%).

Os métodos de pagamento irão moldar o futuro dos hábitos de compra dos próximos três anos. De acordo com 35% dos consumidores, as e-wallets e os cartões virtuais substituirão completamente os cartões físicos de crédito/débito até 2026, e mais de três em cada dez inquiridos (36%) afirma que o numerário ficará completamente extinto da rotina de compras nos próximos três anos.
Em termos de investimento e comportamento empresarial, quando se trata de prever o futuro do mercado, mais de oito em cada dez empresas concorda com as declarações de que irão impulsionar os investimentos em tecnologias que favoreçam as compras através de diferentes métodos de pagamento digitais (86%). Ao mesmo tempo, 81% afirma que a oferta de incentivos através dos métodos de pagamento para fidelizar os clientes se tornará uma obrigação para os retalhistas.

Juan José Llorente comenta que “este tipo de estudo permite-nos conhecer não só o presente e o passado, mas também analisar o futuro dos métodos de pagamento e o potencial investimento em inovação das empresas portuguesas”. Acrescenta ainda que “não há dúvida que a integração de toda a gestão empresarial numa única plataforma digital será essencial nos próximos anos para usufruir de todos os benefícios do omnicanal e para tornar a gestão de dados ainda mais fácil. Além disso, as opções de pagamento a prestações estarão a ganhar terreno a um ritmo acelerado entre as preferências dos utilizadores. Plataformas tecnológicas financeiras como a Adyen, que integram métodos de pagamento e alargam a qualidade do serviço, desempenharão um papel fundamental neste contexto, ao mesmo tempo que proporcionam uma maior flexibilidade na aceitação de todos os tipos de alternativas de compra”.

 

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