Políticas de transferência de dados refletem lacuna entre países do G20

Um novo relatório indica que o Japão e o Reino Unido lideram nos fluxos de dados transfronteiriços

Políticas de transferência de dados refletem lacuna entre países do G20

Numa análise à abertura das economias do G20 para fluxos de dados transfronteiriços e recomendações de políticas para tirar ainda maior partido dos benefícios, a Salesforce desenvolveu o seu mais recente relatório Data Beyond Borders 3.0. A reunião dos líderes do G20 decorre em Nova Delhi, na Índia, em setembro, e o fluxo livre de dados com confiança (DFFT) continua a ser um importante tópico de discussão.

A análise mostra que as economias do G20 fizeram progressos substanciais, permitindo fluxos de dados transfronteiriços. No entanto, esse progresso também expõe uma lacuna económica entre os países que adotam políticas de transferência aberta de dados e aqueles que não o fazem.

O relatório evidencia que os países que adotam o fluxo de dados aberto transfronteiriço recebem um benefício económico: o comércio eletrónico transfronteiriço teve um aumento de 45 vezes na última década, atingindo cerca de 2,7 biliões de dólares em 2023. Só a relação de transferência de dados entre os Estados Unidos e a Europa vale cerca de 7,1 biliões de dólares. Além disso, espera-se que a capacitação digital impulsione 70% do novo crescimento económico durante a próxima década.

Quando os dados atravessam as fronteiras, aumentam a concorrência, aumentam as oportunidades para as pessoas, comunidades e negócios de um país – incluindo a criação de empregos e a partilha de conhecimento – impactando positivamente a economia geral de um país.

As transferências de dados internacionais permitem o sucesso económico”, afirma Sassoon Grigorian, VP of APAC Government Affairs, Salesforce. “Embora tenha havido progresso na facilitação dos fluxos de dados transfronteiriços nas economias do G20 desde 2021, este relatório mostra que as economias que fazem um esforço conjunto para promover políticas e regulamentações de dados favoráveis têm maior probabilidade de crescer e ser competitivas”, acrescenta.

O relatório Data Beyond Borders 3.0 classificou cada uma das economias do G20 em termos de fluxos de dados transfronteiriços. O Japão e o Reino Unido mais uma vez lideram as economias do G20 na facilidade de fluxos de dados transfronteiriços, seguidos pela Austrália, Singapura (igualmente classificados) e EUA.

A Rússia e a China classificam-se no outro extremo do espetro, devido a fortes requisitos de localização de dados e facilitadores regulatórios mínimos para fluxos de dados transfronteiriços. Já a Argentina, Austrália, Brasil, Índia, Indonésia e Arábia Saudita estão entre as economias que mais melhoraram desde o relatório de 2021, tendo desenvolvido ou implementado uma legislação que promove fluxos de dados transfronteiriços.

Sassoon Grigorian afirma que “existem ainda preocupações sobre o surgimento da soberania de dados desde o último relatório. Este relatório recomenda a existência de uma definição clara de soberania de dados acordada internacionalmente e que as economias alavanquem os padrões internacionais”.

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