2017: O ano da literacia de dados

Depois de um 2016 marcado pelo volume crescente de dados com o qual as empresas se deparam, 2017 promete ser o ano de um novo paradigma que, segundo a Qlik, é o da “literacia dos dados”

2017: O ano da literacia de dados

A empresa de soluções de visual analytics, deu a conhecer, pela mão de Carlos Jerónimo, diretor comercial da Qlik, as tendências estratégicas em Business Intelligence que marcarão a forma de trabalhar das empresas ao longo deste ano.

Para a Qlik, o Business Intelligence e o Analytics estão a ser impulsionados, sobretudo, por três principais fatores: a explosão de dados e de conteúdos (Big Data, redes sociais); o aumento exponencial da capacidade de computação; e o “ativismo da informação”.

Em 2016 o número de colaboradores com competências tecnológicas, os chamados data scientists, cresceu e os programadores de aplicações e analistas de negócio passaram a ser muito procurados pelas empresas. Ficou, por isso, conhecido como “O ano do Ativista da Informação”, segundo a Qlik. No entanto, o aumento destes especialistas não está a acompanhar o crescimento de dados, criando um gap que as plataformas de visual analytics conseguem colmatar.

Nesse sentido, a Qlik apresenta as suas soluções como uma ferramenta para combater esse mesmo gap entre o grande volume de dados produzidos e a capacidade das empresas os processarem.

A Qlik acredita que o BI está cada vez mais a caminhar para a análise visual de dados, e em 2017 prevê que as sociedades e organizações comecem a despertar para uma realidade: a literacia de dados. No caso das organizações, um dos maiores investimentos que a Qlik antevê é na educação dos colaboradores - deixando de haver a necessidade de haver data scientists alocados à analítica, com os dados democratizados e acessíveis a todos os colaboradores.

Além desta tendência, a Qlik identifica ainda mais 10 grandes tendências no mercado de Business Intelligence que irão ajudar a criar as bases para o aumento da literacia de dados.

 

A poluição da informação tornar-se-á um assunto crítico

Para a Qlik, a era pós-facto irá levar-nos a mais pontos de informação imprecisos e, em alguns casos, até mesmo a boa informação pode ser poluída pela má informação. Neste contexto, torna-se cada vez mais importante perceber qual a informação correta. Procurar, criticar, certificar e argumentar com dados de forma governada será o pilar da literacia de dados.

 

O Big Data será menos sobre tamanho e mais sobre combinações

Existe uma fragmentação sempre maior de dados, sendo a sua maioria criada externamente e na Cloud. Ter os dados em conta numa visão onde se privilegia a correlação de Big Data com Small Data para casos específicos, será outra grande tendência para 2017.

 

A visualização self-service tornar-se-á uma comodidade, acessível a todos

Os freemiums são esperados, tornando 2017 o ano em que as barreiras para aceder a grandes ferramentas analíticas serão virtualmente removidas. Com mais pessoas capacitadas a realizar as suas jornadas analíticas, as taxas de literacia de dados irão aumentar.

 

O BI moderno irá ultrapassar o BI tradicional como a nova arquitetura de referência

A descoberta de dados evoluiu para o Business Intelligence (BI) moderno e tornar-se-á o “novo normal” nas organizações. Em 2017, esta questão evoluirá não apenas para complementar, mas substituir cada vez mais as arcaicas plataformas de relatório, no entanto, altera também os requisitos para as estruturas de back-end no que diz respeito à escala, performance, governança e segurança.

 

A Cloud híbrida e multiplataformas irão emergir como modelos primários

Devido ao local onde os dados são criados, à facilidade de utilização e à sua capacidade de evolução, testemunhamos atualmente uma mudança acelerada para a Cloud. Porém, uma só Cloud não é suficiente porque os dados e workloads não vão estar numa única plataforma. A Cloud híbrida e multi-ambiente irão emergir como modelo primário, o que significa que os workloads vão ser possíveis na cloud e nos softwares locais — resultando nesse mesmo modelo marginalizando uma abordagem de “apenas cloud”.

 

O foco vai mudar de “análises avançadas” para “análises em evolução”

As análises avançadas vão continuar a proliferar, mas a criação de modelos, assim como a governança destes, está dependente de peritos altamente especializados. Contudo, uma vez criados, muitos mais deveriam beneficiar desses modelos, o que significa que podem ser aproveitados como ferramentas de self-service. A jornada analítica não pode ser uma caixa preta ou demasiada prescritiva. Existe muito hype à volta da “inteligência artificial”, mas servirá melhor enquanto acréscimo do que como um substituto da análise humana, pois é tão importante fazer as perguntas certas como dar as respostas certas.

 

Vamos aprender o outro lado das “análises pessoais”

Existem dois ângulos para análises pessoais: o primeiro assenta na forma como os ativistas da informação – e outros – podem cada vez mais fazer um uso self-service e utilizar informação para seu próprio benefício. O outro ângulo é sobre como a informação se torna cada vez mais granular e é utilizada para o “segmento do único”. Ao compreenderem as preferências dos consumidores e os padrões de comportamento, as organizações podem utilizar este tipo de informação para personalizar produtos, serviços e mensagens. No entanto, os consumidores vão ficar mais alertas para o valor da sua informação pessoal à medida que esta se torna mais disponível para os outros.

 

Os mundos digital e físico vão conhecer a analítica

A analítica não só estará em todo o lado como, cada vez mais, em tudo. O Pokémon GO é um indicador das próximas mudanças depois da mobilidade, e o mundo empresarial notará. Isto significa que a analítica vai começar a surgir no contexto da realidade geo-espacial, toque, voz, realidade virtual e gamificação, continuando no trajeto de ligar-se a dispositivos.

 

O foco vai mudar para aplicações de análise personalizadas e análises nas aplicações

Ninguém é, em simultâneo, criador e consumidor de aplicações mas, ainda assim, devem ser capazes de explorar os seus dados. A literacia de dados irá beneficiar ambos pois vai ao encontro das necessidades dos indivíduos através de aplicações de análise personalizadas e contextualizadas, assim como análises que nos alcançam nos nossos “momentos.” Ferramentas abertas e extensíveis que podem ser personalizadas e contextualizadas pela aplicação e os programadores web farão progressos.

 

A visualização enquanto conceito vai evoluir de apenas análises para toda a informação da cadeia de abastecimento

A visualização tornar-se-á uma forte componente nos hubs unificados que têm uma abordagem visual à gestão de ativos de informação, assim como preparação de dados visuais em self-service, sustentando a verdadeira análise visual. Posteriormente, mais progressos serão feitos na área da visualização, fazendo desta um meio de comunicação de resultados. O efeito de rede disto assenta em números crescentes de utilizadores que conseguem fazer mais nos dados da cadeia de abastecimento, promovendo o conceito de literacia de dados.  

A Qlik já se encontra em linha com estas tendências e oferece ferramentas de analítica direcionadas a empresas de todos os setores, todas com base nas soluções Qlik View e Qlik Sense, disponíveis através de browser, sem necessidade de instalação de software.

 

Analytics na saúde

As vantagens das ferramentas de analytics não são uma novidade e podem mesmo ser transversais a todas as áreas. A HAITool pretende ser a prova disso mesmo. Criada para colmatar a incidência e mortalidade das infeções hospitalares, a HAITool utiliza as soluções da Qlik para ajudar os profissionais de saúde a lidarem com as patologias dos seus pacientes e tomarem melhores decisões acerca da prescição de antibiótico.

A HAITool pretende trazer a inovação até ao setor da saúde, um setor marcado pelos worflows extremamente tradicionais e, em muitos casos, obsoletos, com hardware desatualizado perante tudo aquilo que hoje em dia é possível fazer neste setor para o impulsionar.

De acordo com o responsável pelo projeto, Luís Lapão, através das ferramentas de analytics facultadas pelas ferramentas da Qlik, a HAITool consegue ajudar os profissionais de saúde a realizarem uma monitorização dos seus pacientes em tempo real, obtendo uma visão integrada dos eventos mais importantes do historial clínico de cada paciente e permitindo que desta forma os profissionais de saúde consigam ter uma visão mais clara na hora de tomarem decisões.

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