Redes Cognitivas: Uma Perspetiva Otimista Sobre a AI

Editorial

Redes Cognitivas: Uma Perspetiva Otimista Sobre a AI

Com o lançamento, pela Meta, do Llama 3, um modelo de linguagem de código aberto ao nível de capacidade do GPT-4, estamos a testemunhar uma mudança crucial nos paradigmas de integração da AI na vida corrente

Capaz de funcionar eficientemente em modo local em dispositivos móveis com relativamente baixa capacidade de processamento, e capaz, também, de integrar-se perfeitamente em aplicações que correm em tais dispositivos, o Llama 3 permite a democratização da AI, tornando as interações com estes sistemas nela sustentados possíveis, em qualquer lugar, em qualquer altura. Esta inovação suporta o conceito emergente de “Rede Cognitiva”, uma ideia fulcral onde a AI e a inteligência humana convergem através de plataformas digitais e que pretende contrariar uma visão muitas vezes pessimista do papel da AI no futuro da sua integração com as atividades humanas.

O aparecimento do Llama 3 é transformador, ao permitir a integração da AI apenas com recursos locais, sem necessidade de infraestruturas de servidores de retaguarda, promovendo uma abordagem de AI ubíqua. Esta mudança promete acelerar, por exemplo, o desenvolvimento de software e o crescimento em setores como a robótica de consumo.

As Redes Cognitivas, uma fusão de redes sociais, pesquisa, redes de criação de conteúdos e AI, visam expandir as capacidades cognitivas humanas, oferecendo um suporte que sustente e eleve a inteligência coletiva. Além disso, o potencial da AI para modelar comportamentos positivos poderá influenciar as normas sociais. Interações regulares com a AI, caracterizadas por raciocínio lógico, poderão promover o diálogo construtivo e o pensamento crítico, de modo semelhante à ‘teoria das janelas partidas’, onde um ambiente melhor promove um comportamento melhor. As Redes Cognitivas não constituem apenas um salto tecnológico; são um novo paradigma para melhorar a educação, mas também as interações sociais e potencir as funções cognitivas colectivas dasociedade. À medida que observamos a proliferação de aplicações alimentadas por LLMs, vislumbramos um futuro onde a AI e os humanos coexistem de forma mais integrada. Esta é, pelo menos, a visão promovida pelo paradigma da Rede Cognitiva e que vale, decerto, a pena, ter em conta.

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