CIOs: o que devem esperar de 2017 em diante?

Segundo avança a IDC, as organizações de IT atuais estão divididas em dois campos: o das empresas que estão efetivamente a impulsionar novas tecnologias digitais, novos modelos de negócio e culturas organizacionais; e o das selados pela dívida técnica e falta de visão para o futuro. Neste relatório, a IDC apresenta as mudanças mais importantes que acontecerão nas organizações de IT nos próximos três anos e orientarão os executivos de IT sénior na formação de seu plano de IT estratégico.

Segundo as previsões da IDC para a CIO Agenda Mundial para 2017, até 2019 , 40% dos projetos de IT criarão novos serviços digitais e fluxos de receita que irão transformar os dados em dinheiro. A analista estima que até 2018, 65% das organizações de TI criem novos serviços voltados para o cliente e para o ecossistema para atender às necessidades de negócios da digital transformation (DX).

No entanto, nem tudo são boas previsões, pois, segundo a IDC, a falta de visão, credibilidade ou capacidade de influência impedirá que 40% dos CIOs atinjam cargos de liderança em enterprise DX até 2017. Em três anos, prevê-se ainda que 75% dos CIOs reconheçam as limitações do IT tradicional e adotem uma abordagem de liderança que incorpore um ciclo virtuoso de inovação (Leading in 3D).

Ainda assim, espera-se que 40% dos CIOs avancem as iniciativas DX, construindo vínculos organizacionais com as equipas de tecnologia de Line of Business (LOB) e entre os silos organizacionais de IT, capacitando mudanças no pensamento, cultura e práticas até 2018.

Até 2019, 80% das organizações bimodais de TI acumularão uma dívida técnica incapacitante, resultando em complexidade crescente, custos e perda de credibilidade. Assim, é esperado qque até 2018, 45% dos CIOs se concentrem em plataformas, usando DevOps para desenvolvimento rápido, redução de custos e agilidade empresarial.

Em três anos, a IDC prevê ainda que 70% das organizações de TI mudem a sua cultura para um ambiente de trabalho semelhante ao inicial, adotando práticas ágeis e comunidades de código aberto. Em apenas o ano, é estimado que 80% dos CIOs ajudem a impulsionar carteiras de risco globais que permitem respostas adaptativas a ameaças de segurança, conformidade, negócios ou catastróficas.

"A mensagem é clara - os CIOs têm que encontrar uma forma de reinventar as suas organizações de IT, caso contrário, arriscam arrastar os seus negócios ou serem substituídos por prestadores de serviços que podem realizar o que eles não conseguem”, afirma Joe Pucciarelli, vice president & IT executive advisor, IDC IT Executive Programs.