HINTT 2017 debate o futuro da saúde digital

A Glintt debateu o futuro do estado da saúde no seu primeiro Health Intelligent Talks & Trends 2017, onde esteve em cima da mesa uma abordagem focada no cidadão e na tecnologia, e nas vantagens que esta trará para a Saúde 4.0

HINTT 2017 debate o futuro da saúde digital

Os dados estão por todo o lado e cada pessoa, a cada minuto, é responsável por milhares de dados. A analítica está já ao serviços de diversas áreas da vida dos cidadãos, em nome de uma melhor qualidade de vida. Mas, na saúde, as potencialidades das tecnologias ainda não estão a ser totalmente exploradas.

O setor da saúde tem evoluído a um ritmo elevado e tem beneficiado francamente do recurso à tecnologia para melhorar o diagnóstico e tratamento de pacientes. Ainda assim, este setor só agora está a entrar numa nova fase tecnológica, onde não faltam oportunidades.

Bertalán Meskó marcou presença no evento e salientou que “há inovações na área da saúde que já não fazem mais parte de um panorama futurista”. Para o médico húngaro, o setor da saúde está ainda a lidar atualmente com tecnologias obsoletas, que se traduzem em obstáculos para uma evolução mais rápida.

No entanto, mais do que introduzir novas tecnologias, Bertalán Meskó referiu a necessidade de criação de um novo sistema de saúde mais acessível, personalizado, preventivo, empático e centrado nas pessoas. O médico defende que antes de se evoluir tecnologicamente tem de se evoluir culturalmente, pois a tecnologia não serve de nada se as pessoas não colaborarem com esta.

A evolução para uma nova cultura será, porém, facilitada com a proliferação da IoT. As pessoas conectam-se cada vez mais a uma variedade de dispositivos e os dados que produzem são indispensáveis para melhorar a sua qualidade de vida. O médico demonstrou exemplos de inovações, em forma de dispositivos, que podem tornar-se nos principais veículos para uma maior coletividade dos utilizadores e partilha de dados em tempo real.

Para Bertalan, é necessário um “fio condutor” que passa essencialmente por duas questões base: “o que podem as organizações de saúde fazer”, e o que “podem as pessoas fazer”. O médico divide responsabilidades e salientou a necessidade da criação de mais equipas de saúde onde o foco está no paciente e na adoção de abordagens cada vez mais preventivas.

Esta ideia foi partilhada numa mesa redonda, moderada pelo jornalista Pedro Pinto, e que contou com a presença de Paulo Gonçalves, partner & managing director do BCG Group; Maria de Belém, jurista e política; Nuno Sousa, presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho, e pelo médico húngaro Bertalan Meskó. Os intervenientes neste debate salientaram, mais uma vez, a importância da proliferação de tecnologias que sirvam os pacientes e que lhes permitam estar mais próximos dos médicos.

A criação de equipas multidisciplinares em hospitais e centros de saúde também foi abordada nesta mesa redonda, que sublinhou a importância de incluir os pacientes nestas equipas.  

À medida que as tecnologias evoluem e que cada utilizador partilha mais dados com organizações, Maria de Belém chamou a atenção para um aspeto que está hoje na ordem do dia, mas que se tornará ainda mais relevante no futuro: a proteção e confilencialidade dos dados. Para a jurista, é importante que a acompanhar uma nova cultura surjam novas regulamentações capazes de proteger os médicos, mas sobretudo os pacientes.

Maria de Belém referiu que não nos podemos “esquecer dos riscos associados às tecnologias”, ainda que os benefícios sejam mais elevados no futuro.

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