Empresas investem no digital para se protegerem das imprevisibilidades do negócio

O Harvey Nash/KPMG CIO Survey 2017 entrevistou mais de 4 mil Chief Information Officers (CIO) e concluiu que estes estão a adaptar as suas estratégias tecnológicas para lidar com a incerteza da conjuntura político-económica, apostando na inovação e no digital

Empresas investem no digital para se protegerem das imprevisibilidades do negócio

A 19ª edição do Harvey Nash/KPMG CIO Survey dá a conhecer as perspetivas dos CIO e revela que os líderes de TI revelam que têm vivido mudanças estratégicas a um ritmo sem precedentes, devido a fatores cada vez mais imprevisíveis. Muitos executivos das tecnologias de informação estão a transformar esta incerteza numa oportunidade para ajudar as suas organizações a tornarem-se mais ágeis, apostando na inovação e em plataformas digitais.

O estudo inquiriu 4.500 responsáveis, de 86 países, e concluiu que dois terços das organizações (64%) estão a adaptar a sua estratégia tecnológica devido a uma conjuntura político-económica global cada vez mais imprevisível. Porém, 89% das organizações estão a manter ou reforçar o investimento em inovação e mais de metade (52%) estão a investir em plataformas mais ágeis.

“As organizações operam hoje num contexto de profunda incerteza, de necessidade de mudança e reposicionamento estratégico rápido, para acompanharem a evolução tecnológica e as alterações político-económicas globais”, afirma Rui Gonçalves, partner de IT Advisory da KPMG Portugal. “Este estudo revela que as estratégias digitais são hoje um factor-chave na definição de modelos de negócio mais ágeis e que os CIO são cada vez mais influentes junto dos CEO e das administrações, que procuram a sua ajuda para potenciar as oportunidades e lidar com as ameaças do mundo digital”.

De acordo com os dados recolhidos, as organizações com estratégias digitais aumentaram 52% em dois anos e as organizações com um Chief Digital Officer triplicaram em três anos (25%). De facto, CIO das organizações líderes digitais têm o dobro da probabilidade de liderar a inovação transversal do negócio (41% versus 21%) e estão a investir a um ritmo quatro vezes mais acelerado em automação cognitiva (25% versus 7%).

A atenção à cibersegurança atingiu também um máximo histórico: um terço dos líderes de TI afirma que a sua organização sofreu um ciberataque de grande dimensão nos últimos 24 meses. Ao mesmo tempo, a competência tecnológica cuja procura mais cresceu foi Arquitetura Empresarial(26%), embora a competência com maior procura continue a ser Big Data & Analytics (42%).

Para os inquiridos, embora haja uma onda de transformação e inovação nas organizações, os projetos de TI estão mais complexos e falham, na sua maioria, devido a um fraco compromisso (46%), abordagem demasiado optimista (40%) e objetivos pouco claros (40%).

“O estudo revela uma divergência clara entre as organizações que são líderes na transformação digital e as restantes organizações”, comenta Cristina Alberto, director de IT Advisory da KPMG Portugal. “As organizações líderes digitais caraterizam-se por um maior alinhamento entre a estratégia de TI e a estratégia do negócio, são mais focadas na inovação e no crescimento e investem mais em tecnologias digitais disruptivas”.

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