Portugueses ponderam partilha de maus comportamentos online

Estudo revela que 64% dos portugueses consideram que um mau comportamento partilhado online poderá limitar o acesso a recursos públicos

Portugueses ponderam partilha de maus comportamentos online

Segundo as conclusões do último relatório da Kaspersky, “Social credits and security: embracing the world of ratings”, que avaliou a perceção dos indivíduos sobre sistemas de pontuação social (ratings sociais), 64% dos portugueses inquiridos consideram que um mau comportamento partilhado online poderá limitar o acesso a recursos públicos, como, por exemplo, comprar um apartamento ou andar de transportes públicos. Embora os sistemas de classificação social sejam cada vez mais populares e já estejam disponíveis em alguns países e setores industriais, a sua implementação requer mais atenção, uma vez que pode trazer consequências negativas. 

Praticamente todos os serviços online que utilizamos para a maioria das ações do quotidiano – desde redes sociais a contas bancárias – baseiam-se em dados para facilitar a vida das pessoas. Através do acesso à informação pessoal, incluindo ao nosso “rasto” nas redes sociais, as organizações podem oferecer aos seus atuais e potenciais clientes serviços personalizados e proporcionar uma experiência mais fluída e customizada. No entanto, esta avaliação do comportamento leva também a pontuações de crédito social baseadas em algoritmos automatizados que podem ter impacto nas nossas vidas pessoais. De acordo com o estudo realizado pela Kaspersky, mais de metade dos portugueses (64%) afirmou que um mau comportamento partilhado online poderá limitar o acesso a determinados recursos públicos, como alugar ou comprar um apartamento, andar de transportes públicos, ter acesso a determinadas instituições de ensino ou cartões de crédito.  

Por outro lado, o estudo também permitiu concluir que, embora a grande maioria dos portugueses ainda não tenha experienciado problemas em obter acesso a empréstimos ou hipotecas devido à informação recolhida sobre eles nas suas contas de redes sociais (88%), já existem indivíduos cuja informação impediu o seu acesso (7%). Inclusive, foram os jovens entre os 16 e 24 anos os mais afetados, seguindo-se a faixa etária dos 25 aos 34. Embora os regulamentos existentes para a pontuação de crédito baseados no comportamento financeiro sejam bem conhecidos, este não é o caso quando se trata de sistemas que recolhem informações pessoais dos nossos perfis online. 

O estudo da Kaspersky revela ainda que, a nível global, as pessoas estão mais dispostas a partilhar dados privados confidenciais para garantirem melhores tarifas e descontos, assim como para receber serviços especiais. Ao mesmo tempo, um número significativo de consumidores permanece vigilante quanto à forma como utilizam as redes sociais e alguns não consentem que as organizações tenham a possibilidade de monitorizar a sua vida privada.  

Em Portugal, metade dos portugueses (50%) afirmaram que não se sentiam confortáveis em partilhar o seu perfil para acelerar a verificação dos seus antecedentes para, assim, mais facilmente obterem um cartão de crédito, bem como para assegurar um lugar numa escola de topo para os seus filhos (42%) ou obter um visto para outro país (41%). Por outro lado, outra parte dos portugueses afirmaram já se sentir à vontade para partilhar o seu perfil social no que respeita a encontrar amigos que já não viam há muito tempo (78%), obter um desconto para compras online (53%) ou alcançar o seu emprego de sonho (45%).

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