Mais de três mil organizações de educação em Portugal são atacadas todas as semanas

A educação é um dos setores mais atacados em todo o mundo e Portugal é o sexto país mais visado, com uma média semanal de ataques superior aos três mil

Mais de três mil organizações de educação em Portugal são atacadas todas as semanas

A Check Point Research (CPR) alerta para o aumento global de ciberataques visando o setor da educação. Comparando com as restantes indústrias monitorizadas pela CPR, a educação foi o setor que experienciou, em julho, o mais expressivo volume de ciberataques, apresentando uma média de 1.739 ataques semanais documentados por organização – um aumento de 29 pontos percentuais em relação à primeira metade de 2021.

Em Portugal, durante o mês de julho, o número de ataques semanais por organização aumentou 36%, totalizando uma média de 3.036 ataques. Portugal é o sexto país mais visado por esta tendência de ataque.

A aproximação do regresso às aulas trouxe consigo uma nova tendência no mundo do cibercrime. Dados de julho da Check Point Research demonstram que os cibercriminosos têm procurado tirar proveito da transição para o e-learning, bem como da incerteza perante o futuro dos moldes educativos – duas realidades impulsionadas pela pandemia e, mais recentemente, pela variante Delta. Escolas, universidades e centros de investigação estão entre as instituições visadas. Pessoas que fazem login em plataformas remotas utilizando os seus dispositivos pessoais e partindo de localizações muitas vezes desprotegidas são as principais vítimas.

Rui Duro, Country Manager da Check Point Software Technologies em Portugal, indica que “os cibercriminosos estão a procurar capitalizar o regresso às aulas. Os nossos dados mostram que o setor educativo foi significativamente mais atacado que qualquer uma das outras indústrias no mês de julho. Escolas, universidades e instituições de investigação são alvos atrativos para os atacantes, uma vez que dispõem muitas vezes de poucos recursos, no que respeita a cibersegurança. Toda a conjuntura dos últimos meses, marcada pela rápida mudança entre diferentes modelos de aprendizagem, veio agravar os riscos de segurança. Com tantos estudantes a ligarem-se às plataformas através de redes caseiras e dispositivos pessoais, o regresso às aulas trará consigo um conjunto de novas ameaças que é necessário acautelar. As organizações deste setor devem ser proactivas na implementação de estratégias de proteção”.

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