Building the Future 2022

"Não faz sentido desenvolver soluções que não sejam para resolver os problemas das pessoas”

No primeiro dia do Building the Future, sob o mote Future, a Microsoft apresentou um painel sobre Innovation Through Fusion Development

"Não faz sentido desenvolver soluções que não sejam para resolver os problemas das pessoas”

Com oradores dos “quatro cantos do mundo” a unirem-se no evento, disse a Microsoft Portugal no Twitter, começou o Building the Future 2022. Num painel virtual na manhã do primeiro dia do evento, Hélder Teixeira, IT Specialist na SonaeMC, Pedro Pires, Solutions Architect and Microsoft Powerapps Developer na Secil e Sério Ferreira, Executive Director da EY, juntara-se para falar de Innovation Through Fusion Development, com a moderação de Rodrigo Umbelino, Intelligence Technical Specialist na Microsoft.

A velocidade está patente no meio empresarial e com metas de transformação digital cada vez mais ambiciosas, são necessários métodos com uma elevada eficácia que acompanhem o ritmo da inovação tecnológica exigida pelos utilizadores, menciona a Microsoft Portugal, na apresentação do painel. Sob o pretexto de perceber o papel do Desenvolvimento de Fusão em criar uma estratégia de colaboração entre as equipas de negócio e de IT através da conjugação de plataformas low-code – como a Power Automate: Microsoft Power Platform – e técnicas de desenvolvimento tradicionais, libertando o potencial para a inovação dentro das organizações, os oradores partilharam a sua experiência nas empresas em que estão inseridos. 

Segundo Hélder Teixeira, o Power Automate permitiu poupar recursos humanos. Enquanto antes tinham um colaborador cuja tarefa diária se prendia com analisar e processar emails, uma tarefa repetitiva e processual que “não trazia valor nem para a organização, nem para a própria pessoa”. Nesse sentido, e após a automatização da tarefa, o colaborador pode passar a realizar tarefas mais exigentes e de valor, o que se tem “replicado em imensos processos dentro da companhia”.

O IT Specialist da Sonae assegura que o Power Automate é “como uma caixa de pandora”, porque “coloca tudo a comunicar” e permitiu que os dados se movessem para tornar que as operações fosse muito mais ágeis. Mais, com o aumento do comércio online e fruto de uma formação sobre a tecnologia de automação, deu o exemplo de um colaborador da equipa operacional que decidiu construir uma Power App para colocar num ponto único toda a informação dispersa de gestão utilizada para tomar decisões das equipas.

Já Pedro Pires explicou que no caso da Secil começaram por tentar responder a vários problemas relacionados com o facto de o IT estar sobrecarregado – o IT não era rápido a desenvolver soluções e não tinham tempo para todos os departamentos. Para mudar o cenário, recorreram à utilização de Power Apps. “O nosso drive é a necessidade do utilizador”, refere, “e quando o utilizador perceber” que conseguimos fazer uma entrega rapidamente, “numa tarde, no dia a seguir, o utilizador passa a estar do nosso lado e passa a ser um membro da equipa de desenvolvimento”.

“Nós encontramos um conjunto de problemas com dificuldade que se prende com a adoção tecnológica nas organizações”, disse Sérgio Ferreira, Executive Director da EY, e continua: “tínhamos a noção de que havia muita tecnologia a entrar nas organizações, mas percebemos que não estava a ter o retorno esperado”, pelo que não havia resultados de produtividade, ganhos de eficiência, reduções de custo, havia falha nos objetivos de transformação digital e no envolvimento dos colaboradores, e não havia melhoria nos serviços que se estavam a desenvolver.

Em conjunto com a Microsoft, “criamos um programa de ativação digital: uma framework que tenta alavancar uma metodologia que permitia resolver os problemas encontrados”. Mais, “pegar nas iniciativas e dar-lhes uma escala empresarial para poder chegar a todos na organização”. Sérgio Ferreira explica que é “central” pensar que “não faz sentido desenvolver tecnologias e soluções que não sejam para resolver os problemas das pessoas” e, por isso, “colocar o utilizador no centro é brilhante e foi isso que encontramos que faz toda a diferença”. 

Numa fase inicial, o Executive Director da EY explica que procuraram fazer aquilo a que chama de “alinhamento” – procurar o que se pretende atingir. Depois, a perspetiva de descoberta – “ir junto das pessoas e perceber como a tecnologia os pode ajudar nas suas dificuldades”. Dessa forma, “estávamos a envolvê-las, a motivá-las e a ativá-las”, quebrando a barreira do “para que é que eu preciso de mais uma aplicação?” e em vez de o “IT levar a solução, ela é construída com a pessoa”, com base nas suas contribuições. Contudo, é, também, muito importante a “refinação”, para que o movimento se mantenha ao longo do tempo.

Finalmente, Sérgio Ferreira nota com dados percentuais em relação a uma organização com a qual trabalhou. Através do programa de ativação digital 91% os colaboradores disseram estar muito satisfeitos e que o programa tinha tido um impacto muito positivo na transformação que estavam à procura. 

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