Henrique Carreiro, Diretor da IT Insight, subiu ao palco da segunda edição da IT Insight Talks para falar sobre como as empresas podem escalar a inteligência artificial para criar valor
A segunda edição da IT Insight Talks arrancou com a partilha de insights de Henrique Carreiro, Diretor da IT Insight, que centrou o seu keynote nos próximos passos para a Inteligência Artificial (IA) nas empresas. Henrique Carreiro contextualizou que, atualmente, existe “um bocadinho a ideia do que é possível fazer e o que não é possível fazer, quais é que são os riscos e quais é que são as oportunidades em termos da integração destes modelos na atividade das empresas". “Muitas empresas já fizeram a sua experiência sobretudo na área da produtividade”, afirmou Henrique Carreiro, acrescentando que, por outro lado, as empresas “estão a entrar numa fase de maior maturidade, em que se estão a focar em aplicações de negócio que vão para além do chatbot demonstrativo”. Ainda mais, “esta fase de maturidade em que estamos a entrar proporciona às empresas a oportunidade de transformar as promessas em valor de negócio”, destacou. Foi neste contexto que Henrique Carreiro elencou um conjunto de boas práticas que considera que, neste momento, estão a surgir no cenário empresarial. “É necessário eliminar o ruído e focar no sinal, ou seja, focar naquilo que efetivamente aporta valor”, começou por indicar o Diretor da IT Insight. Para isto, é essencial “ser pragmático, ser verdadeiro, ser honesto em termos do que é que está a resultar ou não”, uma vez que “as empresas podem correr grandes riscos de negócio se puserem um chatbot ou outra interface não necessariamente controlada frente a clientes”. A par disto, Henrique Carreiro destacou a importância de “reduzir a proliferação das experiências". Ademais, “é fundamental que exista desde o início uma preocupação com a integração eficaz das peças”, especialmente porque “a IA toca em muitos aspetos de negócio”. Henrique Carreiro salientou também a importância de criar uma “estratégia de controlo de custos” e atribuiu o crescimento de empresas à boleia da IA, como a Nvidia – que se tornou “a empresa mais valiosa do mundo” –, a Microsoft e a Apple, a um fator importante: a “esperança de ganhos futuros”. No panorama atual, existe uma “enorme variedade de ferramentas e modelos disponíveis”; no entanto, “esta proliferação, se adotada nas empresas de forma generalizada, pode levar a uma dispersão muito grande de recursos”, alertou. Nesta ótica, Henrique Carreiro defendeu que “as equipas devem procurar criar valor e não apenas modelos”. O Diretor da IT Insight falou ainda sobre “a questão da governança”, particularmente sobre a necessidade de as empresas terem em consideração “como se integram práticas de gestão de risco e de conformidade”, “que dados é que podem ser usados para treinar os modelos” e “que riscos é que se correm”. “Há uma expressão que todos os que trabalhamos em dados conhecemos, que é ‘garbage in, garbage out’”, referiu Henrique Carreiro, explicando que isto significa que, “se estivermos a usar dados que não são bons, que não estão limpos, que não estão tratados, que não estão cuidados, que não são seguros de utilização, o resultado vai ser mau”. Desta forma, “a preocupação com a qualidade dos dados deve ser fundamental”, sendo “urgente” a implementação de “uma gestão de dados robusta”, rematou. |