Digitalização de processos e melhoria operacional: o caminho de transformação digital das Águas do Douro e Paiva e SIMDouro

O departamento de Sistemas de Informação e Tecnologia das Águas do Douro e Paiva (AdDP) é o grande responsável pela gestão das tecnologias, hardware, software, dados, pessoas e processos dentro da organização.

Carlos Fernandes, Coordenador de Sistemas de Informação & CISO, está à frente do departamento desde 2017. Com 15 anos de experiência em tecnologia, incluindo dez a liderar operações globais de IT e OT, o trabalho realizado junto dos Conselhos de Administração tem permitido ao coordenador alinhar frequentemente a tecnologia e as infraestruturas e processos com a estratégia e objetivos dos negócios, sempre com o objetivo de criar valor para a empresa.

	Carlos Fernandes, Coordenador de Sistemas de Informação & CISO das Águas do Douro e Paiva e SIMDouro

Na AdDP e da SIMDouro, explica Carlos, o principal objetivo passa por “proporcionar suporte tecnológico que permita à empresa alcançar os seus objetivos estratégicos. Isto inclui garantir a segurança e a fiabilidade dos sistemas, promover a inovação e a transformação digital e otimizar os recursos tecnológicos para melhorar a eficiência operacional”.

De forma a inovar e a proporcionar os melhores serviços, Carlos Fernandes elenca dois pilares estratégicos do departamento: por um lado a visão, com o reconhecimento de “uma equipa de excelência na governance, operação e qualidade das Tecnologias de Informação e uma alavanca no serviço e inovação para as oportunidades e necessidades da atuação da AdDP no setor da água”; por outro lado a missão, que passa por “garantir que as Tecnologias de Informação são planeadas, implementadas, exploradas e monitorizadas e seguras para o suporte sustentável dos objetivos corporativos, das áreas de negócio e da missão da AdDP, contribuindo com rigor para a satisfação de necessidades, mitigação de riscos e otimização dos recursos”.

O contributo da melhoria operacional para a satisfação dos clientes

Com experiência na liderança de programas de transformação, digitalização de processos e elaboração de estratégias de IT e OT, Carlos Fernandes detalha a estratégia de transformação digital das Águas do Douro e Paiva, que visa não só “modernizar e digitalizar os processos da empresa para melhorar a eficiência operacional, a qualidade dos serviços e a satisfação dos clientes”, mas também o alinhamento “com os objetivos corporativos e a missão da AdDP de proporcionar serviços de excelência na gestão de água”.

A implementação da estratégia de transformação digital nas Águas do Douro e Paiva tem sido composta por várias “etapas e iniciativas”, que incluem a automação de processos, com a utilização de tecnologias como Robotic Process Automation para automatizar tarefas repetitivas e aumentar a eficiência; digitalização, através da conversão de processos em sistemas digitais; integrações de sistemas, com a implementação de soluções integradas para melhorar a comunicação e a colaboração entre diferentes departamentos; e a formação e capacitação para melhorar as competências digitais dos colaboradores.

“A estratégia de transformação digital da AdDP é fundamental para garantir a evolução tecnológica sustentável e a adaptação às mudanças do mercado. A implementação tem sido bem-sucedida, com foco em áreas críticas como gestão de dados, infraestrutura tecnológica, inteligência artificial, serviços ao cliente e formação de talentos. Esses esforços são essenciais para que a AdDP continue a inovar e a proporcionar serviços de alta qualidade, alinhados com sua missão e objetivos estratégicos”, reitera.

Os ingredientes para a transformação digital

Na perspetiva de Carlos Fernandes, o alinhamento estratégico é um dos fatores-chave que contribuem para o sucesso do processo de transformação digital numa organização. “A transformação digital deve estar alinhada com a visão e os objetivos estratégicos da organização. Isso garante que todas as iniciativas digitais estejam direcionadas para alcançar os resultados desejados”, assevera. Neste ponto, a colaboração e integração de todos os departamentos assume um papel igualmente central para a promoção de “uma abordagem holística” que “evita silos de informação”.

Outro dos fatores-chave prende-se com o comprometimento da liderança, nomeadamente no apoio e comprometimento da alta gestão para impulsionar a transformação digital, com o envolvimento dos líderes; e o fomento de uma cultura de inovação, com experimentação e adoção de novas tecnologias, num “ambiente propício” para o processo de transformação.

O sucesso nesta jornada, acredita Carlos Fernandes, “depende de um alinhamento estratégico claro e do comprometimento da liderança, além de uma cultura de inovação, capacitação dos colaboradores, gestão eficaz da mudança e a escolha de tecnologias adequadas”. A conjugação destes elementos, refere, “criam um ambiente favorável para a transformação digital e ajudam a organização a alcançar os seus objetivos estratégicos”, ainda que existam outros fatores a considerar, como é o caso da capacitação e formação dos colaboradores, a gestão da mudança na hora de minimizar resistências e a escolha e implementação das tecnologias mais adequadas às necessidades da organização.

Entre as principais tecnologias incorporadas nos Sistemas de Informação e Tecnologia da Águas do Douro e Paiva, Carlos Fernandes destaca a implementação de RPA para automatizar tarefas administrativas e a Inteligência Artificial para análise de dados, previsão da procura, otimização de operações e consequente melhoria da eficiência. “A análise de dados avançada permite uma tomada de decisões mais informada e precisa, ajudando a prever demandas e otimizar recursos”, explica o coordenador.

No que diz respeito à infraestrutura tecnológica, o departamento tem apostado na atualização da infraestrutura de telecomunicações “para garantir uma rede robusta e resiliente”, a par do investimento em soluções de cibersegurança para proteger “dados sensíveis e sistemas críticos contra ameaças e ataques digitais”. A incorporação de tecnologias emergentes, como é o caso gémeos digitais e o IoT, promovem também a inovação contínua, “mantendo a AdDP competitiva no mercado”.

Pensar nos desafios para endereçar oportunidades

A cibersegurança, nomeadamente a garantia da proteção e o desenvolvimento de sistemas resilientes a ataques, é uma das principais preocupações para o departamento de Sistemas de Informação e Tecnologia (STI) da AdDP. Outros desafios elencados pelo coordenador incluem a adaptação contínua às novas tecnologias e a gestão à resistência entre os colaboradores; a integração de sistemas legacy com novas tecnologias, que pode culminar num cenário complexo e desafiante; o desenvolvimento de competências dos colaboradores e a retenção de talentos; a gestão eficaz do ciclo de vida dos projetos, bem como o alinhamento dos mesmos com a estratégia corporativa; e a promoção de uma cultura de inovação, com experimentação de novas tecnologias que contribuam para melhorar processos e serviços.

Construir o futuro da transformação digital das AdDP

Na visão do responsável, as expectativas de futuro do Departamento de Sistemas de Informação e Tecnologia da Águas do Douro e Paiva passam pela “evolução contínua da infraestrutura tecnológica, a adaptação às novas tecnologias, a capacitação dos colaboradores e a inovação constante”.

Os próximos passos, refere, “envolvem monitorizar tendências tecnológicas, implementar tecnologias emergentes, estabelecer parcerias estratégicas e fomentar uma cultura de inovação. Estes esforços são essenciais para garantir que a AdDP continua a inovar e a proporcionar serviços de alta qualidade, alinhados com sua missão e objetivos estratégicos”.