Uma nova investigação concluiu que cerca de 39% dos utilizadores europeus aceitaria vender os seus dados pessoais em troca de dinheiro. Simultaneamente, mais de metade dos utilizadores de Internet consideram que é impossível ter privacidade total no mundo digital atual
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Apesar das consequências associadas ao facto de os dados privados serem utilizados de forma errada ou acabarem nas mãos erradas, um em cinco (18%) indivíduos facilmente sacrificaria a sua privacidade e partilhava os seus dados para receber algo gratuito em troca. Mais de um terço (39%) até aceitaria receber dinheiro em troca para dar acesso total aos seus dados pessoais a estranhos. Com os utilizadores da Internet a ceder facilmente as suas informações privadas por algo em troca, este tipo de comportamento pode levar a danos a longo prazo. Os colaboradores devem ter atenção quando revelam muita informação sobre si próprios e sobre o seu trabalho nas redes sociais. Estatísticas divulgadas pelo Career Builder demonstram que 57% dos empregadores já encontraram conteúdos nas redes sociais que estiveram na base da não contratação de candidatos e que um terço (34%) já repreendeu ou despediu um colaborador devido a conteúdo online. Partilhando-a ou não abertamente, se a nossa informação for parar às mãos erradas online, isto pode ter um grande impacto no mundo real. A investigação da Kaspersky Lab descobriu que cerca de um quarto (26%) das pessoas já viu os seus dados pessoais serem acedidos por alguém sem o seu consentimento – valor que aumenta para um terço (31%) entre os 16 e os 24 anos. As consequências deste acontecimento foram vastas e variadas: mais de um terço (36%) acabou, como resultado, por se sentir stressado. Isto cresce para 42% entre os 16 e os 24 anos; um em cinco (21%) inquiridos acabou por perder dinheiro, enquanto um quarto (25%) passou a ser incomodado por spam e anúncios indesejados. Estas consequências acontecem apesar de muitos indivíduos adotarem certas medidas para manter a sua informação secreta ou para bloquear o acesso a dados pessoais e confidenciais. Com os hackers a assumirem-se aqueles que mais tememos que vejam ou acedam às nossas informações pessoais – seguindo-se a Internet, em geral, e o Governo – 62% das passwords dos utilizadores protegem os seus dispositivos, mantendo os dados privados. Cerca de um terço (35%) verifica regularmente e altera as suas definições de privacidade nos dispositivos, serviços e apps que utiliza (subindo para 42% entre os 16 e os 24 anos e apenas um quarto (28%) para os utilizadores com mais de 55 anos); um quarto (25%) tapa as suas webcams para se proteger e um em cinco (21%) homens encriptam os seus dados, em comparação com apenas uma em dez (11%) mulheres. |