Executivos destacam recessão macroeconómica como maior risco emergente

De acordo com o Emerging Risks Report da Gartner do terceiro trimestre, as organizações na Europa estão particularmente vulneráveis aos riscos emergentes

Executivos destacam recessão macroeconómica como maior risco emergente

Os executivos classificam a recessão macroeconómica como o maior risco emergente que as organizações enfrentam pelo segundo trimestre consecutivo no mais recente Emerging Risks Report da Gartner. Além disso, os executivos continuam preocupados com a escassez de matérias-primas e com a inflação dos preços da energia. Ambos subiram na lista de riscos desde a última edição do relatório.

As preocupações com uma recessão macroeconómica persistiram entre os executivos no terceiro trimestre e a situação não está a dar muitos sinais de melhoria”, disse Chris Matlock, vice-presidente na área de Legal, Risk & Compliance da Garter. A natureza interligada dos riscos macroeconómicos é notável, uma vez que todos os top riscos podem ser vistos como partes do mesmo tema de recessão macroeconómica. Os executivos estão cada vez mais preocupados com os efeitos deste ambiente incerto, como evidenciado pelas preocupações com a falha crítica das infraestruturas, que recentemente surgiu como uma das principais preocupações dos executivos”.

Top cinco riscos emergentes no terceiro trimestre de 2022

  1. Recessão macroeconómica 
  2. Escassez de matérias-primas
  3. Inflação dos preços da energia
  4. Falhas nas infraestruturas críticas
  5. Intensificação do conflito na Europa

O risco de uma recessão económica tem sido realçado pelos executivos durante três trimestres consecutivos, depois de ter sido identificado pela primeira vez como um dos cinco principais riscos emergentes no primeiro trimestre. A natureza interligada do panorama dos riscos macroeconómicos tem-se vindo a manifestar cada vez mais em acontecimentos como a crise energética europeia, com a perspetiva de racionamento energético, pressões inflacionistas e escassez. As preocupações específicas em torno da escassez de matérias-primas e da inflação dos preços da energia têm permanecido persistentes ao longo do ano.

As organizações na Europa estão particularmente vulneráveis, indica a Gartner. A inflação dos preços da energia continua no topo da mente entre os executivos, uma vez que a invasão russa da Ucrânia parece cada vez mais complexa e que ameaça perturbar as principais infraestruturas energéticas e os mercados a longo prazo. 

A falta de gás natural pode dificultar a produção industrial e continuar a resultar em níveis de inflação mais elevados que ameaçam perspetivas económicas mais amplas, uma vez que a capacidade das organizações para ultrapassar estes custos mais elevados é cada vez mais reduzida.

Enquanto os líderes de Enterprise Risk Management e outros executivos em toda a empresa devem trabalhar para mitigar os riscos negativos no curto prazo, o analista encoraja-os a serem proactivos na identificação de oportunidades durante este período tumultuoso. A transição energética, incluindo a capacidade de adaptar as cadeias de valor a potenciais racionamentos, e identificar alternativas mais rapidamente do que os concorrentes é destacada como o “risco emergente como oportunidade” no relatório.

As respostas dos executivos à gestão da disrupção económica são mais importantes do que o abrandamento em si e facilitar uma compreensão mais completa destes riscos interrelacionados permite assumir as apostas estratégicas necessárias à escala”, afirma Matlock.

Embora muitos dos cinco principais riscos emergentes tenham permanecido persistentes ao longo do ano, a “falha crítica das infraestruturas” representa uma nova área de maior preocupação para os inquiridos. Embora grande parte deste risco seja impulsionado pelo conflito em curso na Europa, a preocupação em torno de infraestruturas vulneráveis a eventos climáticos extremos também está a desempenhar um papel significativo.

Os líderes empresariais precisam não só de avaliar os impactos de primeira ordem devido a falhas reais das infraestruturas, mas também os impactos de segunda e terceira ordem das cadeias de valor vulneráveis e o aumento das obrigações de conformidade em resultado das preocupações dos reguladores em torno desta questão”, reflete Chris Matlock.

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