A menos de um mês do prazo limite, um estudo da SAS determinou que apenas 7% das empresas estão totalmente RGPD compliant
Após o uso indevido dos dados por parte do Facebook e da Cambridge Analytics, intensificou-se a atenção pública sobre a questão da importância da privacidade dos dados. No entanto, a menos de um mês do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) entrar em vigor, 93% dos entrevistados de um novo estudo do SAS afirma que ainda não está totalmente em conformidade com o RGPD. O SAS realizou este estudo com pessoas de 183 empresas (incluindo portuguesas) de diversas indústrias, que têm um papel na preparação das suas organizações para o RGPD. O estudo destaca os maiores desafios e oportunidades que as organizações enfrentam no caminho para a conformidade o novo regulamento. Menos de metade (46%) das organizações entrevistadas dizem que esperam estar em conformidade com o RGPD quando este entrar em vigor, no dia 25 de maio. Entre as organizações norte-americanas pesquisadas, apenas 30% espera cumprir o prazo. A UE está mais bem preparada, com 53% das organizações a confiar cumprir o prazo. O RGPD concede aos residentes da UE direitos de privacidade que lhes dão um maior controlo sobre a forma como as empresas lidam com os seus dados pessoais. Qualquer organização que armazena ou processa dados de residentes da UE tem obrigações de conformidade com o RGPD, mesmo que a organização não esteja na UE. “Para isso, as organizações precisam de envolver, a longo prazo, todos os elementos das suas operações de negócio no programa de RGPD e de privacidade. Delegar isto somente para as TI é receita para o fracasso”, refere Todd Wright, Marketing Global do SAS para as soluções SAS Personal Data Protection e SAS Data Management, no comunicado que partilha as conclusões do estudo. Embora o estudo mostre que a maioria das organizações não estão preparadas para o prazo limite que se aproxima do RGPD, as organizações estão a trabalhar para se tornar compatíveis (93% tem um plano em vigor ou espera ter um). De facto, 84% de todos os entrevistados e 91% dos entrevistados da União Europeia disse esperar que o RGPD melhorasse a sua gestão de dados. 68% dos entrevistados também antecipa que o RGPD aumentará a confiança entre eles e os seus clientes. A melhoria da qualidade dos dados pessoais, uma imagem organizacional aperfeiçoada e a mudança para uma organização orientada pelos dados foram os benefícios adicionais que as organizações dizem esperar obter com a conformidade com o RGPD. Outra conclusão interessante do estudo indica que 58% dos entrevistados têm um plano estruturado em processo para cumprir com o RGPD e outros 35% planeiam ter um. No entanto, 15% dos entrevistados dos EUA e 4% dos entrevistados da UE disseram que a sua organização não tinha planos para desenvolver um processo estruturado para cumprir com o RGPD. O estudo indica ainda que 63% das empresas afirmaram que o RGPD terá um efeito significativo na forma como a sua organização gere o negócio. A identificação de todas as fontes de dados pessoais armazenados, seguida da aquisição de competências para gerir a conformidade com o RGPD, foi registada como os principais desafios que as organizações enfrentam ao prepararem-se para o RGPD. Além disso, quase metade dos entrevistados (49%) indicaram que o RGPD teria um impacto significativo nos projetos de inteligência artificial das suas organizações.
Além do mais, 75% dos entrevistados também esperam que a conformidade com o RGPD tenha um efeito significativo nas suas operações de TI. |