Ataques maliciosos traduzem 80% do aumento de sinistros cibernéticos em 2020

Relatório The Changing Face of Cyber Claims 2021, a Marsh destaca que de 80% de sinistros cibernéticos, 32% são da variante ransomware

Ataques maliciosos traduzem 80% do aumento de sinistros cibernéticos em 2020

O relatório The Changing Face of Cyber Claims 2021 analisa os sinistros de seguros cibernéticos geridos pela Marsh na Europa entre 2016 e 2020 e surge de uma colaboração da empresa com a Microsoft, a CMS e a Kivu. O estudo indica que os ataques cibernéticos maliciosos representaram cerca de 80% dos sinistros cibernéticos, ocorridos na Europa Continental, durante 2020, enquanto em 2019 as percentagens tocavam nos 70%. 

Os ataques de ransomware representaram 32% dos sinistros cibernéticos em 2020 – mais do dobro do registado de 2016 a 2020 (14%). Luís Sousa, Cyber Risk Specialist da Marsh Portugal comenta que “os ataques maliciosos e de ransomware estão a tornar-se cada vez mais prejudiciais, à medida que os cibercriminosos tentam explorar as fracas defesas das organizações, bem como as fragilidades humanas” e acrescenta que “a questão não é ‘se’ uma organização está sujeita a um incidente cibernético, mas ‘quando’”.

Em geral, os sinistros de seguros cibernéticos na Europa Continental aumentaram cerca de 8% em 2020. Entre a crescente frequência e gravidade dos ataques, as taxas de seguro aumentaram, em média, 39% em todos os setores de atividade, no primeiro trimestre de 2021, comparando com os 37% do quarto trimestre de 2020. 

Enquanto os setores de atividade mais afetados – instituições financeiras; manufatura; comunicação, media e tecnologia e serviços profissionais – permanecem sem alterações desde o estudo de 2019, a Marsh reporta que os sinistros entre os quatro principais setores cresceram significativamente em 2020, com aumentos registados de três dígitos – manufatura (104%); comunicação, media e tecnologia (153%) e serviços profissionais (200%). 

“Estabelecer planos de emergência e protocolos, e criar equipas de resposta aos incidentes que rapidamente consigam gerir a crise, é crucial”, assegura Luís Sousa, pelo que “enquanto uma cibersegurança melhorada e a preparação representam a primeira linha de defesa, o seguro cibernético pode ajudar a mitigar a severidade de um incidente, apoiar na interrupção de negócio e na sua recuperação, aumentando a sua resiliência”, conclui.

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