NTT Data alerta para desalinhamento entre ambição e preparação na adoção de IA generativa

O relatório da NTT Data revela um forte interesse das lideranças empresariais na adoção de IA generativa, mas alerta para um desalinhamento com as equipas de cibersegurança

NTT Data alerta para desalinhamento entre ambição e preparação na adoção de IA generativa

A NTT Data divulgou o seu mais recente relatório, The AI Security Balancing Act: From Risk to Innovation, onde destaca as oportunidades e riscos que a Inteligência Artificial (IA) representa para a cibersegurança. O estudo revela um desalinhamento significativo entre as lideranças empresariais e operacionais no que toca aos objetivos estratégicos e à prontidão para a implementação da IA generativa.

Embora os CEO e líderes de negócio estejam fortemente empenhados na adoção de IA generativa, os CISO e responsáveis operacionais expressam preocupação face à falta de orientação, clareza e recursos para mitigar os riscos de segurança e os desafios infraestruturais que acompanham a tecnologia.

De acordo com o relatório, 99% dos executivos de topo planeiam aumentar os investimentos em IA generativa nos próximos dois anos, sendo que 67% dos CEO antecipam investimentos significativos. Em paralelo, 95% dos CIO e CTO referem que a IA generativa já impulsionou, ou irá impulsionar, maiores investimentos em cibersegurança. A maioria das organizações destaca, inclusive, a melhoria da segurança como um dos três principais benefícios da aplicação de IA generativa nos últimos 12 meses.

Apesar do entusiasmo, cerca de metade dos CISO manifesta reservas quanto à adoção da IA generativa, apontando a ausência de políticas internas claras como fator de preocupação, em contraste com a perspetiva mais otimista dos CEO. Esta discrepância revela uma falha de alinhamento entre as lideranças tecnológicas e empresariais, que pode comprometer o real aproveitamento do potencial transformador da tecnologia.

Ainda assim, as equipas de cibersegurança reconhecem o valor da IA generativa, especialmente na melhoria da eficiência e impacto nos resultados operacionais. No entanto, a maioria dos CISO admite que as suas equipas não estão tecnicamente preparadas, e que as estratégias de cibersegurança e IA generativa ainda não se encontram devidamente integradas. A falta de quadros normativos robustos e políticas formais representa mais um entrave à sua adoção segura.

Para além do desalinhamento organizacional, as infraestruturas legadas continuam a dificultar a agilidade e a capacidade de resposta à IA generativa. Os líderes de cibersegurança identificam a modernização tecnológica e a colaboração com parceiros estratégicos como essenciais para desbloquear o potencial da tecnologia.

O sucesso passará por uma abordagem integrada e segura, com alinhamento claro entre inovação e proteção, capaz de transformar a IA generativa num verdadeiro motor de crescimento sustentável.

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