O foco no cliente

Rui Lopes é CIO no EuroBic desde 2020 e acredita que o segredo para a transformação digital passa pelo posicionamento digital junto dos clientes, bem como pela simplificação de processos internos

O foco no cliente

O Banco BIC Português S.A. foi constituído em janeiro de 2008, iniciando a sua atividade bancária a 26 de maio do mesmo ano. Em 2012, o Banco BIC Português, S.A. passou a agregar aos vetores que já lhe eram reconhecidos (banca de empresas, correspondente de bancos Angolanos e Private Banking) a dimensão de banco de retalho, conferida pelo aumento significativo da sua rede comercial que conta com mais de duas centenas de unidades de negócio. Só em 2017 o Banco BIC Português, S.A. mudou a sua marca, atualmente conhecida como EuroBic.

Rui Lopes integrou os quadros do Banco EuroBic em agosto de 2002 com funções de Assistente Comercial de uma Direção Regional com um conjunto de 25 agências, onde desempenhava funções de caixa no antigo Banco Internacional de Crédito. Em 2006 passou a desempenhar funções idênticas, mas para o conjunto de agências de todo o país. Entre 2009 e 2012 desempenhava idênticas funções para o Administrador com o Pelouro da Rede de Agências.

Após 2012 – altura em que o Banco BIC adquiriu outro banco, e até abril de 2014, manteve funções semelhantes ao nível de uma Direção Coordenadora com cerca de cem Agências e em 2014 ingressou na área de IT do banco, como responsável de uma equipa de analistas funcionais, fazendo a ponte entre a vertente técnica e os clientes internos.

Em 2016 foi convidado para efetuar o PMO do Plano Estratégico de 2020, tendo, em finais de 2017, passado a desempenhar funções de subdiretor de Operações, passando a Diretor em março de 2019.

Rui Lopes desempenhou estas funções até ser nomeado Administrador e, em novembro de 2020, assumiu as funções de CIO no EuroBic.

No que consiste a estratégia de transformação digital do EuroBic?

Devido ao algo conturbado histórico do banco, os sistemas de informação estavam algo datados. O EuroBic constatou a necessidade de se aproximar e posicionar no digital, dado o contexto de transformação digital.

Numa primeira fase, foi construída uma infraestrutura tecnológica omnicanal, disponibilizando uma nova app (para particulares e empresas), homebanking e um novo website.

No âmbito da quarta edição dos Portugal Digital Awards, em 2019, o EuroBic acabou por conquistar a menção honrosa de Best Digital Product & Customer Experience com os simuladores de crédito hipotecário externo e interno com indicadores de pré-aprovação.

Esta menção atribuída ao EuroBic distingue o programa de transformação digital e operativa do banco, cujas iniciativas em desenvolvimento se destinam a promover e facilitar a interação com os clientes através de múltiplos canais de acesso, bem como a transformar e otimizar os processos e as plataformas digitais que visam a maximização da eficiência operacional e da satisfação dos clientes.

“Estamos a terminar outros desenvolvimentos cujo objetivo é não só o posicionamento digital junto dos nossos clientes, mas também a simplificação de processos internos”, afirma.

A implementação desta estratégia ocorreu face à dimensão do projeto e à necessidade do banco assegurar o business as usual, escolhendo um parceiro que os apoiasse nesta transformação.

O segredo do sucesso

Para Rui Lopes, o fator-chave que leva uma empresa a ser bem-sucedida neste processo de transformação digital prende-se com o facto de “nunca perder o foco do cliente, quer seja o cliente interno, quer seja o cliente externo”.

“Não obstante o apoio e know-how que entidades externas possam aportar para o banco, é essencial que as equipas internas façam parte da transformação, revendo-se nas novas formas de trabalhar e comunicar”, afirma. Dado o contexto atual, as principais preocupações de um CIO passam assim pelos sistemas legacy – com os quais a banca tradicional trabalha – que acabam por ser uma preocupação constante face à disrupção no setor.

Também pela disrupção e velocidade inerente com que a tecnologia evoluiu, os ciberataques são uma preocupação crescente. Na sua perspetiva, um CIO tem, também, que manter no seu radar diário as necessidades dos seus clientes internos para assegurar o equilíbrio entre o investimento necessário para ser disruptor e o produto bancário gerado pela disrupção.

Objetivos e expetativas para o futuro

“O EuroBic é um aliado cuja função é ser um banco cada vez mais próximo das famílias e empresas em Portugal”, diz Rui Lopes.

“Acreditamos que crescer é orgulharmo-nos da nossa história e motivarmo- nos com o futuro. Prestamos um serviço financeiro global que se adapta às necessidades de cada cliente, tanto particulares, como empresas. Disponibilizamos uma oferta inovadora e abrangente de produtos e serviços, geridos de forma especializada, pensados por pessoas e para pessoas”, indica.

Para o futuro, o objetivo do Eurobic é dar continuidade ao investimento da infraestrutura, disponibilizando produtos e serviços aos seus clientes, tornando mais eficiente a forma como trabalham no seu quotidiano, com vista a reduzir as tarefas administrativas e permitir aos seus comerciais fazer o que melhor sabem: criar relações, captar clientes, fidelizá-los e mantê-los satisfeitos. Desta forma, Rui Lopes acredita que o banco aportará certamente valor para todos os stakeholders.

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