Atenção é tudo aquilo de que precisamos

O título, para além de se referir a características subjacentes à arquitetura destes modelos, serve ainda como uma chamada premonitória de atenção – lá está – para uma revolução tecnológica, mas não só, que só terá um paralelo recente na evolução rápida da Internet, algures em meados dos anos noventa.

Foi, sem dúvida, a Internet, que abriu a porta ao aparecimento destes modelos: é dela que se geram os dados para os treinar, é nas infraestruturas de cloud que estes são treinados. Quase como uma caminhada inexorável até este ponto em que nos encontramos, em que as possibilidades são ainda difíceis de antever. Portanto, aquilo de que precisamos, mais do que tudo, é de atenção.

Não há como não estar atento à evolução quase diária do que, não apenas as startups ágeis, mas também a academia e os organismos de investigação publicam nesta área, ou a crescente e bem visível batalha pela supremacia entre a Microsoft e a Google, com a generalidade das restantes empresas tecnológicas a anunciarem – ou a fazerem sem anunciar, como acontece até agora com a Apple – as suas estratégias para integração de IA nas respetivas linhas de produtos.

Atenção, sim, porque se hoje é impossível a qualquer empresa não considerar a Internet como parte integrante da sua infraestutura de negócio, será igualmente impossível a curto prazo, não acontecer o mesmo com a IA. Apenas com uma diferença: a velocidade a que tudo acontecerá. E como sabe quem anda na estrada, quanto maior a velocidade, mais necessária a atenção – precisamente.