“A procura por inovação está no ADN da EPAL”

Sérgio Trindade, assumiu o cargo de Diretor de Sistemas de Informação em março de 2017, com o objetivo de dar uma continuidade ao ADN de inovação nos sistemas de informação da empresa, desenvolvendo capacidades e competências digitais.

“A procura por inovação está no ADN da EPAL”

De Lisboa à Zona Oeste, da Guarda ao Alentejo, a EPAL é conhecida, principalmente, pela sua génese: a capacidade de captar e tratar água de qualidade e de a entregar aos consumidores, de forma direta ou através dos sistemas municipalizados que depois a distribuem.

São cerca de três milhões e meio de habitantes que consomem a água produzida pela EPAL, ou seja mais de um terço da população portuguesa, reunidos em mais de 85 municípios, 36 mil quilómetros quadrados e mais de duas mil localizações.

Com mais de mil colaboradores, esta é “desde sempre uma empresa de cariz muito inovador”, explica Sérgio Trindade, Diretor de Sistemas de Informação.

“A procura por inovação está no ADN da EPAL. Existe uma procura constante por fazer as coisas em novos formatos que sirvam cada vez melhor os nossos clientes e stakeholders de uma forma geral”.

Sérgio Trindade assumiu o cargo de Diretor de Sistemas de Informação em março de 2017 com o objetivo de dar uma continuidade ao ADN de inovação nos sistemas de informação da empresa, desenvolvendo capacidades e competências digitais.

Em 2017, foi criado um plano estratégico a três anos e, atualmente, a EPAL trabalha na sua renovação, não só numa componente de IT Transformation, mas sobretudo de transformação digital.

Este plano estratégico foi feito para apoiar todas as dimensões da empresa, e passou por transformar a equipa de IT e a sua própria forma de governo, reestruturar e criar condições para uma renovação tecnológica através da criação de uma base de serviços dentro de uma Water Cloud EPAL. Um modelo híbrido de cloud, com capacidades e componentes necessárias para todos os desafios a que a empresa se propunha, num formato com a segurança e resiliência incrementados.

Para Sérgio Trindade, “foi a partir daí que a EPAL desenvolveu as suas capacidades de inovação tecnológica e transformação digital, de forma a manter todo o reconhecimento que sempre teve, no mercado da água a nível nacional e internacional, em termos de serviço, qualidade, proximidade com os clientes e de todas as ferramentas inovadoras com que trabalha”.

Assim, a EPAL acaba por se posicionar não só como uma empresa de distribuição de água, mas também como uma empresa que tem diversos sistemas de informação inovadores que providencia aos seus Clientes e Parceiros, como por exemplo, a componente de gestão de perdas, visto que a EPAL é destacada a nível mundial naquilo que é o ranking de eliminação de perdas de água, com uma percentagem a baixo dos 6%. E ainda, o H2OQuality ou o Myaqua, uma ferramenta onde os consumidores têm acesso ao seu contrato, dados, etc.

A estratégia de transformação digital 

A estratégia de transformação digital da EPAL consiste em ouvir e avaliar, em colaboração com todas as áreas da empresa e para todos os processos existentes, conservando aquilo que funciona bem e usando todos os mecanismos que a empresa tem ao seu alcance, principalmente os digitais, para os melhorar. No fundo, o processo de transformação digital procura garantir a excelência de tudo aquilo que a empresa faz, assegurando a qualidade, a competitividade, a resiliência e a segurança e em alturas de grande pressão, como é o caso do atual contexto pandémico, garantir que é possível continuar a inovar e a evoluir porque o mundo e o mercado também continuam a evoluir.

“Com o processo de transformação digital procuramos também liderar esta evolução, ou seja, não é só fazer parte dela, mas fazer parte dela ajudando na sua própria evolução como um todo. E aqui todos os colaboradores, cidadãos, stakeholders que estão connosco são uma parte fundamental”, explica.

“O objetivo deste processo é localizar constantemente novas oportunidades, ao mesmo tempo que elevamos as expetativas daquilo que estamos a fazer para alimentar novas oportunidades”.

Na perspetiva do Diretor de Sistemas de Informação da EPAL, a colaboração é o fator-chave que leva uma organização a ser bem-sucedida neste processo de transformação digital, pois é o fator responsável pelo conhecimento detalhado e pelos objetivos e missão da organização.

“A transformação digital não é comprar ou instalar uma série de tecnologias digitais. É ampliar os objetivos que existem, sempre com o foco na missão e no nosso ADN inovador, e assim desenvolver processos de melhoria contínua e de superação, utilizando tecnologia, mas não esquecendo os recursos humanos. No fundo, é conhecer os nossos processos e dispô-los de forma melhorada entre os nossos colaboradores e as nossas áreas de negócio, entregando-lhes tecnologia que transforme e melhore aquilo que conseguem produzir”.

O contexto atual e o futuro

“Vivemos um contexto muito especial para o IT. Nunca tivemos tanto crédito e reconhecimento como temos no momento”.

Para Sérgio Trindade, o IT conseguiu mostrar a preparação que vinha a fazer desde há muito tempo, em grande parte pelo facto de terem sido capazes de responder ao desafio de continuidade de trabalho das empresas de uma forma muito rápida nesta nova realidade.

A pandemia também abriu uma nova sede e a predisposição de todos para a importância do uso da tecnologia. Assim sendo, Sérgio Trindade explica que o seu foco principal neste momento é aproveitar toda esta nova vontade e apetência de toda a organização para adotar tecnologia e para melhorar os seus próprios processos.

A necessidade tecnológica foi reforçada, e é cada vez mais importante, assegurar que a tecnologia utilizada é sustentável do ponto de vista de qualidade e custo, tendo em conta que tudo aquilo que é adotado tem de trazer valor direto para a empresa, não descurando do fator segurança.

Para o futuro, a EPAL pretende ter aquilo que é a situação zero no consumo de energia, ou seja, produzir a mesma energia que se consome. Para Sérgio Trindade, este é o grande desafio de transformação, em conjunto com a digitalização total de todos os processos, apostando em workflows mais dinâmicos, flexíveis e exequíveis.

E ainda, uma transformação do posto de trabalho com novas tecnologias de suporte, onde se aposta cada vez mais em algoritmos e inteligência artificial.

“Só foi possível sobreviver à pandemia devido ao fator humano, sendo que é preciso pensar em novas formas de trabalho, no modelo de liderança e de teletrabalho”, conclui. 

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