O tempo do “ter jeito para o negócio” acabou

O tempo do “ter jeito para o negócio” acabou

O atual panorama económico a nível mundial coloca-nos perante a perceção de que a capacidade de adaptação das organizações às mais favoráveis e/ou adversas condições determina o seu sucesso ou fracasso. Por isso mesmo, torna-se evidente a necessidade de tomar uma decisão fulcral para o seu sucesso: estar na linha da frente no processo de mudança e adaptação

Neste âmbito, vale a pena salientar um estudo de 2018 levado a cabo pela revista Forbes em parceria com a Cisco, no qual refere que 58% dos líderes de organizações que estão a apostar na vertente analítica no seu negócio, indicaram existir uma clara correlação entre a aposta em soluções tecnológicas que privilegiam a capacidade analítica e o sucesso da organização, evidenciando uma melhoria significativa na sua posição competitiva. Além disso, 60% dos líderes referiram um crescimento do volume de receitas superior a 7% nas suas organizações impactado por este tipo de soluções.

A partir deste estudo, tornam-se claras as opções estratégicas que distinguem quem se assume como um líder neste processo de evolução tecnológica de quem fica para trás. Aqui, destaco o facto de que quem lidera e aposta em soluções de Analytics, Big data, Data Science, Artificial Intelligence,… constrói um conjunto de competências analíticas mais robusto e assertivo. Esta opção surge acompanhada de uma forte perceção da importância de ter uma sólida base tecnológica que seja capaz de suportar toda a máquina e processos analíticos.

Dito isto, e tendo em consideração a multiplicidade de potenciais ganhos provenientes do uso de competências analíticas, importa sublinhar que a aposta nesta vertente como suporte aos processos de tomada de decisão de uma organização deve ser tanto uma opção de liderança como tecnológica. Só assim se poderão retirar os devidos benefícios para as diferentes áreas das organizações: desde a eficiência de processos, o desempenho dos recursos humanos, a melhoria e personalização da experiência do cliente, a análise massiva de dados, a análise de dados de mercado e da concorrência, a análise de investimentos (já efetuados ou em fase de lançamento), entre muitas outras.

Ainda assim, quer estejamos a falar de empresas, de entidades públicas ou até de associações, a dúvida instala-se nas mentes dos mais altos responsáveis entre arriscar e inovar ou esperar para ver o que acontece no mercado e replicar os casos de sucesso. A dúvida é mais do que legítima: afinal, a capacidade de investimento não é finita e não existem garantias de que tudo vá correr bem. No entanto, há algo que nunca devemos esquecer: nos negócios, a informação é a chave para o sucesso. Se, com ela, conseguirmos obter dados significativos que sustentem as decisões que queremos tomar com um elevado grau de probabilidade, colocar-nos-emos numa situação mais favorável rumo ao sucesso.

Em resumo, este tipo de soluções que privilegiam o conhecimento e a informação, em detrimento de uma abordagem intuitiva à liderança de uma organização, demonstram que devemos encarar a previsibilidade do que acontece com o mercado e com a nossa organização como sendo algo de positivo. O tempo do “ter jeito para o negócio” e uma tomada de decisão baseada em intuição chegou ao fim!

 

por José Oliveira, CEO da BI4All

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