"Mais uma nova diretiva que vem, com certeza, trazer desafios, exigências e complexidades, mas que promete maior transparência para a indústria seguradora e robustez na contabilização e mensuração dos contratos de seguro"
IFRS 17 - É assim que se chama a nova Norma de Relato Financeiro Internacional para o setor dos seguros, publicada pelo International Accounting Standards Board (IASB) a 18 de maio de 2017, agora com proposta de adiamento da data efetiva para 1 de janeiro de 2022. Mais uma nova diretiva que vem, com certeza, trazer desafios, exigências e complexidades, mas que promete maior transparência para a indústria seguradora e robustez na contabilização e mensuração dos contratos de seguro. Alterações significativas dos padrões de análise e divulgação de informação financeira nos seguros que existem há décadas, é nisto que se traduz a IFRS 17, exigindo uma revisão profunda do fluxo de trabalho entre atuários, gestores de risco e contabilistas e um planeamento meticuloso e preciso, por parte das seguradoras, de forma a estarem em conformidade. Novos métodos de contabilização das apólices de seguro, melhorias na comparabilidade das demonstrações financeiras entre as organizações, é isto que propõe a norma IFRS 17, sendo certo que haverá, por um lado, impactos estratégicos e operacionais, mas por outro, uma maior clareza e melhor informação, para os utilizadores, das demonstrações financeiras sobre a rentabilidade prevista e expetável dos contratos emitidos. Melhorar a estrutura da área Esta nova norma terá, por isso, um impacto significativo não só ao nível dos relatórios financeiros, mas também ao nível dos processos, dados e sistemas de informação, pelo que se deve começar o quanto antes a preparar o cumprimento de todos os requisitos decorrentes da sua aplicação, e que – há que mencionar - exigirá o envolvimento de recursos díspares das organizações. Embora o IASB tenha proposto um adiamento de um ano da data efetiva da IFRS 17, é importante que as seguradoras não abrandem os projetos já em curso pois as alterações que aí vêm são, de facto, profundas e complexas e há ainda bastante por fazer. Por outro lado, há que encarar com otimismo esta alteração e saber aproveitar as oportunidades que a implementação desta nova norma pode oferecer às empresas. Por parte do mercado, há soluções que podem ajudar qualquer entidade a ficar em conformidade com a IFRS 17, tendo como mais-valia o conhecimento aprofundado do setor, equipas com um know-how especializado e o estabelecimento de parcerias que são um valor acrescentado em todo o processo. |