Prioridades de privacidade e segurança divergem entre consumidores da EMEA

A conclusão é de um estudo conduzido pela F5 Networks, na EMEA, que revela que apesar de muitos utilizadores desta região confiarem na forma como algumas organizações protegem os seus dados, a opinião ainda não é unânime

Prioridades de privacidade e segurança divergem entre consumidores da EMEA

O estudo, realizado pela Opinium Research, auscultou mais de 7 mil consumidores em toda a EMEA sobre os comportamentos que estes adoptam relativamente à segurança e à gestão de dados.

A partilha de dados com empresas privadas deixa praticamente três quartos (70%) dos consumidores preocupados com o facto de os seus dados poderem chegar às mãos erradas, e com a possibilidade de a sua privacidade ser comprometida (64%).

No que diz respeito a esta questão, as empresas de redes sociais e as de marketing são as principais visadas, com 75% dos consumidores a afirmarem que não confiam na forma como estas companhias lidam com os seus dados pessoais, e apenas 21% a admitirem que confiam na capacidade de estas protegerem a sua informação conta ataques de hackers.

No entanto, todos estes receios são facilmente ultrapassados quando está em causa a utilização gratuita de serviços de uma empresa. Os resultados do estudo demonstram que mais de metade dos inquiridos estavam dispostos a partilhar a sua data de nascimento (53%), estado civil (51%) e os seus interesses pessoais (50%).

Apreensão em relação à banca e setor público

Embora 76% dos inquiridos considerem as instituições bancárias como as empresas mais fiáveis, e competentes para protegerem os seus dados (73%), existe ainda alguma insatisfação relativamente ao método de proteção de dados utilizado. Os consumidores acreditam que os bancos (77%), as empresas de cuidados de saúde (71%), e o setor público e governamental (74%) necessitam reforçar as suas capacidades de autenticação para garantirem um maior nível de segurança.

Cerca de 88% dos consumidores concordaram que as empresas necessitam melhorar os seus processos de autenticação para conseguirem garantir um maior nível de segurança da informação.

 “Existem diferenças claras relativamente ao tipo de empresas nas quais os consumidores confiam os seus dados”, afirma Mike Convertino, CISO e VP, da área de Information Security na F5 Networks. “As empresas tradicionalmente focadas na segurança, como os bancos, são consideradas as mais fiáveis. Ainda assim, as pessoas partilham mais informação pessoal nas redes sociais apesar de considerarem que estas são as menos competentes para garantirem a segurança dos seus dados. Independentemente da indústria, todas as empresas que respondem aos consumidores necessitam garantir um nível de proteção alinhado com as crescentes expectativas dos consumidores. À medida que todas as pessoas começam a ficar mais conscientes dos riscos que correm, aumenta a necessidade de as empresas terem uma boa infraestrutura de segurança e de proteção de dados – tecnologia, educação e processos – com capacidade de proteção contra as ameaças. Isto, sem compromisso da experiência de utilização”.

Quando questionados sobre o que consideravam ser uma má utilização dos seus dados, mais de dois terços (67%) alegraram a partilha de dados sem terceiros sem o seu consentimento. Na EMEA, os consumidores da Polónia (71%) e do RU (75%) consideraram má utilização a partilha de dados sem consentimento prévio.

Privacidade vs Segurança

No seguimento do debate entre a Apple e o FBI que envolveu o desbloqueio de smartphones, 43% dos consumidores concordaram que as organizações de tecnologia deverão privilegiar a segurança nacional em detrimento da privacidade dos consumidores (31%), e dar as agências governamentais acesso a dispositivos bloqueados. Esta escolha foi mais prevalente no Reino Unido, 50%, e no Bene 49%.

A responsabilidade de proteção dos consumidores contra ameaças terroristas cibernéticas também foi colocada em cima da mesa de debate.

Nesta questão, 21% dos consumidores acreditam que os utilizadores são responsáveis por garantirem a sua proteção, no entanto, 43% consideram que é da responsabilidade do governo de cada país proteger os seus cidadãos. Esta resposta pretendia apurar se os consumidores estão a perceber que desempenham um papel crucial na proteção contra as ameaças externas, mas há ainda um caminho a percorrer na partilha desta responsabilidade.

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