Ciberataques devem intensificar-se em 2017

Durante este ano deverá registar-se uma maior incidência de ataques informáticos. No entanto, a mentalidade das empresas também se vai alterar e a forma como estas encaram e gerem os riscos cibernéticos acompanhará o panorama das ciberameaças, segundo um novo relatório

Ciberataques devem intensificar-se em 2017

De acordo com o estudo “2017 Cibersecurity Predictions”, realizado pela Stroz Friedberg, empresa do Grupo Aon, as maiores ameaças que vão marcar o panorama da cibersegurança ao longo deste ano serão os casos de ciberespionagem, um crescente aumento dos ataques que colocam em causa a integridade dos dados, e uma maior ameaça por parte dos ataques relacionados com os dispositivos de IoT, aproveitados como pontos de lançamento para a propagação de malware, SPAM, ataques DDoS e manutenção do anonimato das atividades maliciosas.

A ciberespionagem e a guerra de informação influenciam as estratégias globais e políticas, como aconteceu durante a campanha para as eleições norte-americanas, quando hackers supostamente associados ao governo russo invadiram os servidores do Partido Democrata, da candidata Hillary Clinton, e expuseram e-mails confidenciais, levando à demissão da presidente do Partido Democrata, Debbie Schultz.

O estudo da Aon deixa alerta as empresas para a otimização da cibersegurança e a avaliação dos riscos. Apesar do papel desempenhado pelos governos e pelas legislações, em 2017 prevê-se que cada vez mais empresas se consciencializem para esta ameaça e adotem medidas de autorregulação através da criação de normas de segurança mais rigorosas e recurso a serviços de gestão de risco e de cibersegurança. Também a procura por seguros cibernéticos cresceu de forma excecional, reportando um crescimento anual de 30 a 50%.

“O risco cibernético é uma realidade a que as grandes empresas e entidades governamentais já estão atentas. O aumento da pressão dos reguladores deverá impulsionar a necessidade de desenvolver e instituir medidas internas como a criação de equipas de resposta a incidentes de segurança informática”, adianta Andreia Teixeira, especialista na área da cibersegurança da Aon em Portugal. “A indústria de serviços financeiros e outros setores regulados serão os primeiros a adotar procedimentos de due dilligence sobre cibersegurança, como lição aprendida das transações de alto perfil que não tiveram bons resultados em 2016”.

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