Blockchain: segurança na transparência

O potencial do Blockchain vai muito para lá do financeiro, afirmam especialistas: poderá também ser usado para melhorar soluções de segurança, optimizar cadeias logísticas e salvaguardar infraestruturas de rede

Blockchain: segurança na transparência

Originalmente concebido para facilitar a trocas monetárias virtuais como o Bitcoin, o Blockchain é um sistema financeiro descentralizado por natureza. Não existe um sistema central para armazenamento de dados relacionados com transações, trocas, origens e atividade – a informação está distribuída por todo o mundo em computadores, também conhecidos como nódulos, que carregam consigo o registo de toda a cadeia.

O Blockchain não é um golpe fatal para a segurança – pelo contrário, promete não só uma forma de registar transações financeiras como também de controlar a comunicação de networks, bem como dispositivos IoT e cadeias logísticas.

Os sistemas descentralizados que podem ser construídos com o Blockchain são aplicáveis a uma série de tópicos de cibersegurança, como por exemplo abordar problemas nas cadeias logísticas de aquisição de hardware e software.

Não são só as vulnerabilidades de software que podem conduzir a um problema de segurança – a cadeia logística pode também ser responsável. Onde o erro humano é uma possibilidade, ou alguém de dentro da empresa possa manipular informação ou sistemas na cadeia logística, o Blockchain poderia resolver problemas ao partilhar automaticamente qualquer atividade suspeita ao longo da cadeia.

Quando todos os participantes sabem quem está a fazer o quê, e quando, coisas como ameaças internas, segurança relaxada e simples erros podem ser localizados, eles podem ser abordados antes que possam causar danos graves

Podem também vir a ser envolvidos Smart Contracts. Estes pequenos fragmentos de código são armazenados em cada nódulo ao longo da network de blockchain, e ditar que ações podem ser executadas. Estas ações devem obter o mesmo resultado quando executadas a partir de computadores conetados ao blockchain. Como os participantes podem estar seguros dos eventos, quem os executou, e a lógica associada aos mesmos, existe maior confiança no “contrato” e nos sistemas, e maior certeza que o resultado será correto.

O Blockchain por si só não oferece muito em termos de deteção e defesa contra ameaças no sentido tradicional de soluções de cibersegurança, mas oferece uma infraestrutura de transparência, monitorização de eventos e criptografia, com deteção de ameaças optimizada e partilha segura de dados – das quais algumas soluções de segurança e implementações em networks empresariais carecem.

Evidentemente, é importante não começar a implementar uma tecnologia indiscriminadamente enquanto ainda está na sua infância – como bem se viu com os constantes problemas de segurança resultantes da adoção em massa de dispositivos IoT sem segurança aceitável.

Contudo, numa era em que a confiança nos sistemas é vital, podemos ainda vir a ver o Blockchain integrado em sistemas que lidam com dados sensíveis e transações financeiras, ou controlam dispositivos móveis ou de IoT.
A tecnologia pode também oferecer aos fabricantes uma infraestrutura confiável para manter um controlo mais firme das networks empresariais, e como forma de proteção de pontos fracos em protocolos de segurança.

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