Profissionais verificam dispositivos móveis cerca de 150 vezes ao dia

Os resultados do relatório da Mercer, "A Workforce Tsunami is Approaching", mostram as alterações que a força de trabalho enfrenta atualmente, indicando que os colaboradores passam cerca de um quarto do dia em dispositivos móveis

Profissionais verificam dispositivos móveis cerca de 150 vezes ao dia

Além desta conclusão, o estudo revela que mais de metade das interrupções (57 por cento) são causadas pela alternância entre aplicações, sendo que cada colaborador demora cerca de 23 minutos a voltar a concentrar-se nas suas tarefas. 

“As últimas cinco décadas foram marcadas por um crescimento global do PIB sem precedentes, potenciado pelo crescimento do mercado laboral e o aumento da produtividade. Contudo, prevê-se que este mercado abrande drasticamente nos próximos 50 anos. A pressão para a produtividade é cada vez maior e origina elevados níveis de stress e esgotamento laboral que, por sua vez, resultam na queda desta mesma produtividade, problemas de saúde, absentismo, aumento das taxas de rotatividade e falta de compromisso”, refere José Pedro Sousa, Consultor Sénior da área de Talent da Mercer.

A estes fatores, somam-se mudanças que se prendem com a confusão entre a utilização de tecnologia em demasia e a produtividade, a dificuldade de filtragem entre aquilo que é útil e importante perante a enorme quantidade de informação, bem como a individualização de planos de carreira. O receio de deixar escapar um dado importante leva os colaboradores a desempenhar várias tarefas em simultâneo, sendo a média de tempo de atenção exclusiva a determinada função de menos do que 3 minutos.

Os dados recolhidos pela Mercer, mostram também as profundas alterações que o mundo de trabalho está a atravessar, sendo que sendo que 9 em cada 10 jovens profissionais afirmam não esperar ficar na mesma empresa por mais de três anos. Adicionalmente, 70 por cento acrescentam que se veem a trabalhar de forma independente caso sintam que o seu trabalho não é significativo e verifiquem falta de apoio por parte das chefias.

A própria relação contratual encontra-se num momento de viragem, uma vez que 83 por cento das organizações planeiam depender exclusivamente de contratos part-time e de contingência ou com recurso a agências de trabalho, até 2020. O clássico modelo de emprego permanente e full-time dará lugar a um “ecossistema de talento”, onde se opera através de parcerias, talentos freelancers e outras formas para além das fronteiras tradicionais da organização. 

“Os dados apurados neste relatório demonstram as alterações profundas pelas quais os atuais e futuros profissionais vão passar, causadas por avanços tecnológicos, sociais e económicos”, afirma José Pedro Sousa. “Reconhecemos a importância de chamar à atenção para as mudanças individuais que prevemos que ocorram no talento, uma vez que as organizações são compostas por homens e mulheres com expetativas, ambições e necessidades, e são eles que contribuem para o sucesso de cada empresa”.

Em suma, a consciência do contexto vivido permite ultrapassar a concorrência. As empresas com uma maior prática de avaliação do talento têm mais 8 por cento de crescimento de vendas e 58 por cento mais vendas por colaborador.

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