Apenas 2,5% dos decisores portugueses reconhecem preparação para o RGPD

O Centro de Congressos de Lisboa recebeu esta terça, dia 30, um evento inteiramente dedicado ao Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), organizado pela Microsoft Portugal em parceria com a IDC e outras empresas (entre elas, Claranet, KPMG e Accenture). Compareceram mais de 1.200 pessoas.

Apenas 2,5% dos decisores portugueses reconhecem preparação para o RGPD

Na primeira parte do evento, Paula Panarra deu a conhecer um estudo encomendado pela Microsoft Portugal à IDC sobre a forma como as empresas portuguesas estão a lidar com o RGPD, que entra em vigor em 25 de maio deste ano e revoga a atual diretiva sobre proteção de dados. A pesquisa mostra que apenas 2,5% dos decisores à frente das organizações nacionais consideram que as suas empresas estão preparadas para lidar com o RGPD. Mais de 40% afirmam que a sua organização estará preparada depois de maio deste ano ou, ainda, num futuro mais longínquo. Além disso, mais de 50% dos decisores dizem não conhecer bem o Regulamento. Mais de 600 empresas participaram na sondagem para o estudo.

André de Aragão Azevedo, o novo diretor executivo de tecnologia da Microsoft Portugal, referiu em entrevista ao IT Channel, que existem três vertentes de desafios para as empresas portuguesas conseguirem adequar-se ao Regulamento. “Um tema é mais legal, tem a ver com o cumprimento do Regulamento, outro é mais processual, é sobre repensar a organização em termos de processos internos e de gestão da informação, e, por fim, outro é mais tecnológico, está relacionado com o que tem de ser alterado na arquitetura de sistemas, nas base de dados, para o cumprimento do Regulamento”, afirmou.

Paula Panarra e André de Aragão Azevedo durante evento sobre o Regulamento Geral de Proteção de Dados, em Lisboa.

Sobre as empresas que, atualmente, estão mais aptas a lidar com o regulamento, Paula Panarra citou as que estão inseridas em setores mais regulados, como o das finanças e o da saúde. Azevedo completou: “Acreditamos que a área da administração pública seguirá esse caminho, pois tem a obrigação de nomear um Data Protection Officer (DPO)”.

Também foram palestrantes o conselheiro para a economia digital da BusinessEurope Patrick Grant, que falou do regulamento na perspetiva dos negócios, e a presidente da Associação de Data Protection Officers, Gonca Dhont, que abordou o tema na perspetiva de um DPO. Um (ou uma) DPO é uma pessoa nomeada pela empresa para assegurar que as obrigações contidas no regulamento, que passam essencialmente por colocar a privacidade no centro do tratamento da informação de natureza pessoal.

A segunda parte do evento foi ocupada por sessões paralelas específicas para cada indústria e função (Processos & Tecnologia e Legal).

 

Na edição de março, a IT Insight publica um artigo dedicado a este evento.

 

Tags

RECOMENDADO PELOS LEITORES

REVISTA DIGITAL

IT INSIGHT Nº 48 Março 2024

IT INSIGHT Nº 48 Março 2024

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.