Como acelerar a Inovação?

Até 2020, o ritmo da transformação digital promete acelerar e Portugal não é exceção

Como acelerar a Inovação?

Em menos de uma década assistimos ao amadurecimento dos quatro pilares da 3ª plataforma tecnológica: tecnologias cloud, mobile, social e Big Data e a chegada dos aceleradores de inovação: Internet of Things (IoT), inteligência artificial (IA)/computação cognitiva, realidade aumentada/ virtual, impressão 3D, robótica e segurança de próxima geração. A IDC prevê um ritmo de mudança ainda maior entre 2017 e 2020, à medida que cresce a “Economia DX”. Para ter sucesso nesta nova economia digital, será fundamental entender as novas regras económicas, os novos papéis que os líderes tecnológicos terão de assumir e ainda o novo posicionamento e oferta que os fornecedores de tecnologia terão de imprimir. 
 

EMPRESAS NA LIDERANÇA DO DIGITAL 

Ao longo dos últimos três anos, organizações de todo o mundo, líderes nos seus setores, têm desenvolvido as suas estratégias para a transformação digital (DX). Além de grandes apostas, começaram a mudar as suas culturas e lançaram as bases para novos modelos de negócios. A IDC destaca três casos: 

  • A Under Armour investiu perto de 800 milhões de dólares nos últimos dois anos em aplicações de saúde e fitness para construir a maior comunidade digital de saúde e fitness do mundo; 
     
  • A BMW, através da BMW iVentures, investiu em 16 startups ligadas ao setor automóvel à medida que evolui de construtor de automóveis para uma empresa de mobilidade;
     
  •  A Caterpillar, que aspira ser uma empresa de plataforma de informação, pode hoje afirmar que cada peça de equipamento CAT que sai da linha de produção está "conectada". 

Estas organizações, e muitas outras, estão a reinventar-se em torno (1) do cliente, (2) da informação e (3) da transformação do modelo operacional - os três pilares fundamentais para o desenvolvimento de qualquer estratégia de DX. 
 

AS PRÓXIMAS PRIORIDADES

As inovações que permitiram a diferenciação competitiva só foram possíveis porque nos últimos cinco anos assistimos à consolidação dos quatro pilares da 3ª Plataforma Tecnológica, hoje já utilizadas por mais de 50% das empresas de média e grande dimensão em Portugal (apenas o Big Data ainda se encontra nos 35%). Verifica-se ainda um rápido crescimento dos aceleradores de inovação. É neste contexto de rápida evolução tecnológica que as estratégias de DX estão a evoluir de forma muito rápida. Eis as três áreas prioritárias para o desenvolvimento das estratégias de DX: 

  • Relacionamento Experiencial: o que há três anos foi um foco no relacionamento e experiência omnicanal evoluiu para a venda experiencial; as organizações líderes pretendem desenvolver uma mistura de experiências digitais e físicas de forma a potenciar o negócio. 
     
  • Monetização dos Dados: numa primeira fase as organizações concentraram- se em alavancar dados para fornecer uma vantagem competitiva; hoje o objetivo das empresas líderes é mais ambicioso – pretendem alavancar os dados para criar novos fluxos de receita digital. 
     
  • Negócios em Escala: inicialmente as tecnologias digitais eram fundamentalmente aplicadas para melhorar um processo de negócio único; hoje, as organizações estão a criar modelos operacionais que permitam - através de processos, ativos e produtos/serviços conectados e APIs - executar novos negócios de forma automatizada e em grande escala. 

 

DX EM PORTUGAL 


Neste contexto de rápida transformação e sofisticação tecnológica, a IDC prevê que em 2020 mais de 50% das 500 maiores empresas portuguesas terão uma equipa dedicada a transformação digital, mas apenas 25% conseguirão ganhar vantagem competitiva através desta e assim acompanhar o nível de sofisticação tecnológica a que assistimos nas maiores organizações mundiais. Isto significa que irão transformar a forma como se relacionam com clientes e parceiros, e como lançam novos produtos e serviços, utilizando tecnologias da 3ª Plataforma e os aceleradores de inovação. No caso concreto de Portugal, esta previsão tem como base, para além de outras fontes de informação internacionais da equipa global de analistas da IDC, a análise de mais de 500 organizações portuguesas com modelo de maturidade Digital Transformation MaturityScape. Destas 500 organizações portuguesas analisadas entre 2015 e 2017, apenas 15% estão nos níveis mais altos (4 e 5, Digital Transformer e Digital Disrupter respectivamente) do referido modelo.
 

Gabriel Coimbra

Country Manager da IDC Portugal

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