APFIPP lança inovadora plataforma blockchain de distribuição de fundos de investimento

A Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) apresentou uma plataforma inovadora e pioneira, em Portugal e na Europa, de distribuição de Fundos de Investimento assente em tecnologia blockchain

APFIPP lança inovadora plataforma blockchain de distribuição de fundos de investimento

O projeto, que contou com o acompanhamento da CMVM, a parceria do Instituto Superior Técnico (IST) e o suporte técnico da Deloitte, visa simplificar e tornar mais eficiente a distribuição de Fundos em Portugal e reduzir a necessidade de intervenção de entidades intermediárias.

A plataforma desenhada explora o potencial do blockchain no atual contexto regulamentar, tornando-a passível de implementação mediante ajustamentos já identificados e credível para início de operacionalização no mercado nacional.


"A prova de conceito realizada permitiu validar a aplicabilidade da tecnologia blockchain, verificar a sua flexibilidade e ganhos de eficiência na operacionalização dos procedimentos de subscrição, resgate, anulação e reporte ao regulador através desta plataforma", afirma Veiga Sarmento, Presidente da APFIPP. “Face às evidências positivas, vamos nos próximos meses apresentar esta solução aos diversos stakeholders envolvidos na área de distribuição de Fundos a nível nacional e avaliar a implementação, próxima, de um teste piloto com um conjunto de entidades”.

A nova solução permitirá também tornar o processo de recolha de informação para reporte ao regulador mais eficiente e menos oneroso, facilitando a regulação e respondendo à exigência de um maior rigor e transparência no reporte das operações realizadas, para assegurar um controlo efetivo do mercado.

“Apesar dos avanços na tecnologia nas últimas décadas, a operacionalização dos processos relativos à distribuição de Fundos manteve-se praticamente inalterada. O processo atual envolve múltiplas comunicações manuais entre as entidades envolvidas, utilizando formatos não uniformizados e com elevada dependência de um back-office para reconciliação de informação”, destaca Veiga Sarmento. “O que a tecnologia blockchain, e esta plataforma em particular, vem permitir é a realização de transações automáticas, sem a intervenção de terceiros, mantendo um registo imutável de todas as transações, que é partilhado por todos os participantes da rede, incluindo reguladores, de uma forma segura e em tempo praticamente real, eliminando assim as redundâncias e libertando recursos.”

A plataforma apresentada foi desenvolvida com o acompanhamento da CMVM e com a participação de representantes de várias entidades nacionais do mercado: comercializadores de fundos, sociedades gestoras de fundos, bancos depositários, também do IST numa perspetiva de validação e aconselhamento técnico sobre a solução e tecnologia, e da Deloitte, responsável pelo desenvolvimento do modelo de negócio e implementação da prova de conceito técnica da solução.

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