Valor do digital para o negócio protagoniza Mobile Edge’16

A transformação digital protagonizou a edição deste ano do Mobile Edge e demonstrou como os dispositivos móveis, as aplicações e os dados estão a transformar o modo como as empresas se relacionam com os clientes e se mantêm competitivas

Valor do digital para o negócio protagoniza Mobile Edge’16

A 3ª edição 2016 do Mobile Edge, organizada pela Fundação Portuguesa das Comunicações (FPC) e pela Carbon, centro de competências da BOLD International, juntou nos dias 12 e 13 de outubro alguns dos principais decisores de mercado e developers para debaterem estratégias de negócio para a transformação digital e mobile e traçarem as tendências de futuro nestas áreas.

O primeiro dia foi focado nas empresas e na necessidade destas entenderem as novas tendências de mercado e sobretudo os novos comportamentos dos consumidores, dado que estes passam mais tempo nos smartphones, que é ditado pela qualidade das aplicações móveis e pela sua usabilidade.

Kevin Benedict, analista sénior para a transformação digital e mobilidade empresarial da Cognizant, inaugurou as apresentações do primeiro dia, com uma visão micro da transformação digital. O analista, presente no Mobile Edge desde a sua primeira edição, em 2014, realçou que “os dados são o negócio” e que permitem “elevar o seu valor”. Percorreu, ainda, as tecnologias que têm estado a marcar toda a transformação: desde a adoção do computador e da Internet, no século passado, à prevalência dos dispositivos móveis e das suas aplicações desde 2010, à própria Internet of Things (IoT), robótica e inteligência artificial, que estão agora a impor-se. Benedict frisou que os decisores só têm 40 meses para começar a implementar a transformação digital – este é o tempo de que necessitam até começarem a tornar-se competitivas.

As cinco tecnologias que terão mais impacto terão no negócio nos próximos 40 meses, segundo os decisores, será o Big Data e analytics, cibersegurança, tecnologias mobile, cloud e social media.

Carlos Oliveira, product manager do Skyscanner, acrescentou que “as empresas têm de compreender a forma como as pessoas interagem com os seus produtos/serviços”. Nos dias de hoje, em que os consumidores passam duas vezes mais tempo nos dispositivos móveis do que no computador, registam-se 500 biliões de “micro-momentos” mobile por dia.

Neste contexto, Tony Markovski, responsável global pela transformação digital e mobile da Mirum Agency, falou da necessidade das marcas irem ao encontro destes “micro-momentos” e de criarem aplicações móveis que sejam simples e funcionais, isto é, que satisfaçam a necessidade do utilizador em apenas 1 minuto. "Aplicações móveis intuitivas são uma vantagem competitiva", realçou.

Thierry Guinot, south europe territory director da App Annie, empresa que ajuda as marcas a ampliar o alcance das suas apps, a retenção de clientes e as receitas geradas, frisou que o tempo que passamos dentro das aplicações móveis duplicou em dois anos, em todo o mundo. Em 2020, as receitas oriundas de aplicações móveis mais do que duplicarão.

 

Marketing em redes sociais em destaque no segundo dia

O Twitter e a Ericsson protagonizaram o segundo dia do Mobile Edge’16, apresentando, perante uma audiência de developers, aquilo que o futuro pode trazer de vantajoso às suas aplicações.

Segundo Ross Sheil, representante do Twitter, “há lugar para qualquer tipo de developer” nesta rede social. Conhecida pelas suas hashtags, esta rede social permite que os utilizadores em poucas palavras partilhem aquilo em que estão a pensar e iniciem uma “conversa” sobre determinado tema.

Segundo o responsável do Twitter, a rede social registou 477 mil menções em apenas 18 meses: quando é iniciada uma “conversa” no Twitter sobre um tópico que inclui uma determinada app, existe uma correlação direta entre o número de menções e a taxa de download da app.

O Twitter posiciona-se como um aliado dos developers por ter utilizadores muito específicos: 36% dos utilizadores desta rede social têm no seu smartphone aplicações pelas quais pagaram, e 27% pagaram por upgrades dentro das apps.

Para Joaquim Santos, CTO da Ericsson, "a introdução do 5G vai tornar imperativa a introdução de novos modelos de negócio".

O 5G trará consigo diversas disrupções. Será escalável e, portanto, permitirá diminuir a latência, aumentar velocidades e tempos de resposta de rede, reduzindo custos e oferecendo mais dados.

Uma das áreas que a Ericsson prevê que deverá transformar-se mais com o 5G é a dos transportes. Para a indústria, a automação será outra das inovações que permitirá o aumento de eficiência e redução de custos, com a possibilidade de controlar remotamente a maquinaria pesada.

O 5G vai ainda alavancar a interação entre as pessoas e as máquinas. Já existem alguns exemplos de interação, tais como a Realidade Aumentada (AR), que atualmente já está ao serviços dos utilizadores através de jogos, mas a interação deverá ir ainda mais além, com a introdução de casas inteligentes.

 

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