A BPM Conference Portugal, organizada pela Rumos, juntou um conjunto de oradores nacionais e internacionais para discutir a disrupção dos negócios e os novos paradigmas trazidos pela inteligência artificial (IA)
Subordinada ao tema “Business Disruption: New paradigms and the speed of change”, a BPM Conference Portugal reuniu decisores de diversas organizações, que tiveram a oportunidade de ficar a par das mais recentes tendências e casos de sucesso relacionados com temas que já há bastante tempo têm vindo a marcar a ordem do dia: IA, Bots e RV. Para Paul Harmon, especialista em processos, tendências computacionais cognitivas e inteligência artificial fez questão de sublinhar, para todos os presentes, que “a Inteligência Artificial não apareceu agora, já existe há muito tempo”. Para o consultor, objetivos como uma simples calculadora recorrem a algum tipo de inteligência artificial para nos conseguir dar os resultados que procuramos. No entanto, aquilo que realmente marca a diferença entre a inteligência artificial que fora sobretudo explorada nos anos 80 e a que agora é mencionada como um veículo de disrupção para os negócios é e tecnologia que está na sua base. E a resposta está nos algoritmos: as mais recentes tecnologias de IA estão baseadas em redes neurais e algoritmos de deep learning- é aqui que está a grande diferença da IA de hoje que está a ser aplicada aos negócios. Embora seja uma grande adepta da inovação através da inteligência artificial, Manuela Veloso, da Universidade Carnegie Mellon, reconhece que a IA tem limites. Através do caso de estudo dos robôs colaborativos- CoBots- que utiliza no seu próprio local e trabalho, a responsável pelo departamento de Machine Learning da instituição americana mostrou os benefícios da interação entre os robôs e os humanos. Para o mercado de trabalho, Manuela Veloso vê a exploração destas novas oportunidades trazidas pelas máquinas como um impulso importante em direção a um mercado que cada vez mais será pautado pela procura por talentos. Esta posição foi reforçada numa mesa redonda que contou com a participação de Paul Harmon, Paulo Cortez, especialista em tecnologias e sistemas de informação, Ross Brown, da Universidade de Tecnologia de Queensland, Bianca Fortuna, especialista em aprendizagem de máquinas e inteligência artificial e de Manuela Veloso, moderado por Bruno Mourão. Os especialistas desta mesa redonda concluíram que as organizações estão a agora a reconhecer os benefícios da IA e robótica e que não haverá uma substituição de humanos por robôs, mas sim uma adaptação do mercado. Os participantes neste debate reforçaram ainda que o machine learning e a IoT não são mais apenas um hype, e estãoa gora a ser realmente encarados como motores para o desenvolvimento dos processos das empresas, agilidade e melhor relação com os seus clientes. |